Mãe de criança morta em acidente não culpa motorista, mas pai critica alta velocidade no trânsito

Jean, de 6 anos de idade, morreu ontem em Campo Grande atropelado por caminhão; ele corria atrás de uma bola

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Jean, de 6 anos de idade, morreu ontem em Campo Grande atropelado por caminhão; ele corria atrás de uma bola

Sabrina Saldanha, de 30 anos, vive hoje um clima de tristeza e revolta pela notícia trágica da morte do filho, Jean Carlos Saldanha Mercado, 6 anos. A criança morreu atropelada ontem (28), por um caminhão guincho, placa HTG-3544, de Dourados. Minutos antes do jogo do Brasil contra o Chile, pelas oitavas de final, o menino jogava bola com a irmã Laura Saldanha, de 11 anos, no canteiro da Avenida Gury Marques, bairro Cidade Morena em Campo Grande.

A bola correu para a pista, ele foi pegá-la e acabou atingido pelo veículo. Jean foi lançado a uns 20 metros do local do atropelamento. Morreu na hora. A irmã assistiu a cena e teve que ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros. Ela entrou em estado de choque.

O corpo do menino chegou por volta das 05h40 de hoje (29), na capela da funerária Pax Pró-Vida. Já os parentes da criança foram para lá cerca de três horas depois.

A mãe e o padrasto da criança estavam em casa esperando o restante dos familiares para irem todos juntos ao funeral da criança.

Sabrina tem quatro filhos, Laura de 11 anos, Jean de seis anos, que são filhos do primeiro casamento e os outros dois são frutos do segundo casamento, Rafael de três anos e Tais de um ano.

A mãe disse que estava em casa cuidando das duas crianças no momento em que aconteceu o acidente. Já a filha contou para a mãe como tudo aconteceu.

“O meu filho Jean estudava na 2° série no período na tarde e na parte da manhã participava de um projeto social em outra escola. Ele saiu de lá com uma bola que havia ganhado no projeto, quando atravessou a pista e ficou no canteiro jogando bola com a irmã [Laura]. Ali os carros passam em alta velocidade e a bola foi para a pista e ele inocentemente correu atrás e acabou assim com essa tragédia. É muito difícil, não quero culpar o motorista e sei também que a criança não pode ficar sozinha na rua. Eu estava esperando ele em casa e nada de chegar e, uma hora depois, surgiu a pior noticia da minha vida. Nossa, é muito difícil de acreditar nisso” diz a mãe.

O padrasto da criança, Mauricio Oliveira, comenta que o menino era brincalhão e atencioso. “Eu não sei como aconteceu isso. Ele era atencioso quando caminha na rua, cuidava dos irmãos menores. Ele é meu filho, desde bebezinho estou com a mãe dele. Nossa, estou nervoso e angustiado. Mais fazer o que agora? Só peço aos pais mais proximidade com os filhos e que os motoristas não corram tanto. Eu trabalho de servente para sustentar as quatro crianças. E tudo o que ele [Jean] pedia eu presenteava”.

O motorista do caminhão guincho, Raimundo de Souza Lima, foi encaminhado para a Delegacia da Policia Militar de Transito. Ele prestou declarações e foi liberado e vai responder em liberdade. O enterro acontecerá às 16h no Cemitério Santo Amaro. O caso será investigado pela 4ª Delegacia de Polícia.

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