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Polícia

‘Nada vai acontecer:’ Laila foi atraída por suposta amiga a mando do PCC para cativeiro

Delegado e investigador da Polícia Civil que investigaram o crime participam de Tribunal do Júri como testemunhas
Danielle Errobidarte, Anna Gomes - Publicado em
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(Foto: Anna Gomes - Jornal Midiamax)

Durante julgamento do Tribunal do Júri na manhã desta quinta-feira (2), testemunhas contaram que Vitória Valdina Souza da Silva teria atraído Laila Cristine de Arruda, de 19 anos, para o cativeiro do PCC (Primeiro Comando da Capital) utilizando da suposta amizade entre elas. Laila foi morta decapitada e seu corpo encontrado no dia 1º de junho de 2018 em um canavial na cidade de Sonora, a 361 quilômetros da Capital.

Até o momento, foram ouvidas duas testemunhas do processo, membros da Polícia Civil que participaram da investigação à época. Segundo eles, a participação de Vitória foi atrair a vítima até o cativeiro, e assistir à execução. A defesa nega que ela tenha participado do crime.

Vitória é a última dos dez réus julgados nesse processo. Ela foi denunciada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) por homicídio qualificado por motivo torpe. Em abril do ano passado os réus foram ouvidos e um deles, Alexandro Silva dos Santos, contou em plenário que, no dia do crime, Laila “teria entrado no carro por conta própria e saído com os acusados”.

Questionado se ela sabia que seria assassinada, o réu afirmou que “se ela soubesse ia fazer um escândalo na praça, estava cheio de gente lá (sic)”.

Na época do crime, foram presos os membros do PCC: Uanderson Ferreira Ananias, conhecido como ‘Jamaica’; Odimar dos Santos, conhecido como ‘Piloto’; Victor Hugo Lopes da Cruz, Vitória Valdina Souza da Silva, João Paulo da Silva, conhecido como ‘JP’; Maycon Douglas Almeida, conhecido como ‘Maicola’; e Matheus do Nascimento, conhecido como ‘Cuiabano’. Também foi apreendido um adolescente de 16 anos.

Vítima gravou vídeo

Nas imagens, Laila fala que “CV (Comando Vermelho) aqui em Sonora vão tudo (sic) morrer”. Quando questionada por um dos integrantes do PCC sobre o que iria acontecer com ela, a jovem respondeu “morrer”.

O celular da vítima, de onde foram feitas as imagens, estava enterrado no quintal da casa de ‘Jamaica’. No aparelho, a polícia encontrou fotos com apologia a outra facção criminosa, CV, e por isso, a jovem foi sentenciada à morte.

A jovem foi ‘julgada’ em um quarto que ficava nos fundos de um lava-jato. Ela teria sido atraída até o local pelo ex-namorado, Victor Vinicius e por Vitória Valdina.

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