Justiça marca audiência para investigadores presos por furto de carga de cigarros em Campo Grande
Investigadores foram denunciados pelos crimes de peculato e contrabando
Thatiana Melo –
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A Justiça de Mato Grosso do Sul marcou a audiência para ouvir os investigadores da Polícia Civil, presos após o furto de uma carga de cigarros, em Campo Grande. Os dois investigadores foram afastados de suas funções. Os policiais estão presos desde o dia 4 de julho.
A audiência de instrução e julgamento foi marcada para o dia 19 de outubro às 16 horas por videoconferência. No dia 20 de julho, os policiais foram denunciados pelo MPMS (Ministério Público Estadual), pelos crimes de peculato e contrabando.
Na denúncia, o MPMS deixou de propor acordo de não persecução penal, já que a pena mínima ultrapassa 4 anos, inviabilizando a celebração do acordo por não preenchimento do requisito. Também foi deixado de oferecer a suspensão condicional do processo a todos os denunciados.
Prisão dos investigadores
Policiais militares foram chamados pelo contrabandista que denunciou os investigadores pelo furto da carga, então, os militares foram até o local para averiguar e uma quadra antes foram abordados pelo contrabandista que relatou ter tido seus veículos apreendidos sem que nenhuma documentação fosse apresentada a ele. Neste momento, foi flagrado um Fiat Punto saindo do local e quando abordado foi percebido que no banco do carona estava um investigador da Polícia Civil.
Já em frente ao barracão estava outro investigador da Polícia Civil. Os veículos estavam estacionados no pátio do depósito carregados com cigarros contrabandeados. Durante a vistoria, em uma caminhonete Amarok de um dos suspeitos que estava na companhia dos policiais civis foram encontradas munições.
Os policiais disseram que os veículos foram apreendidos no dia 29, e como nenhum policial aceitou receber a apreensão, eles teriam ido até Vista Alegre para trazer os veículos e deixá-los no depósito, já que em princípio não havia espaço na delegacia. Os policiais civis foram levados para a delegacia. A carga de 2.540 cigarros foi apreendida e o caso registrado como peculato, contrabando e porte ilegal de arma de fogo.
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