‘Entendeu que era um roubo’: PF que matou na saída de buffet diz que rapaz abriu porta de carro
Policial e esposa buscavam filhas em buffet infantil quando afirmam terem sido abordados por rapaz
Thatiana Melo –
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“Entendeu que se tratava de um roubo”, foi o que relatou à Polícia Civil o policial federal que atirou e matou Lucas Teodoro de Arruda, de 19 anos, em Campo Grande, na noite de sábado (18), na Rua Maracaju, em frente a um buffet infantil.
O Jornal Midiamax teve acesso ao boletim de ocorrência sobre o caso e nele consta que o policial federal estava junto da esposa e dos dois foram até o buffet infantil para buscar as duas filhas, por volta das 22 horas do sábado. O casal estava em um Toyota SW4.
Quando a esposa do policial federal voltava para o carro com as filhas, Lucas, que estava com uma camiseta branca enrolada no rosto, tentou abordar a mulher e as crianças, segundo relato do policial que ainda disse que Lucas estaria em atitude agressiva.
A mulher conseguiu colocar as duas filhas dentro do carro. Neste momento, Lucas teria dado a volta no veículo e aberto bruscamente a porta do motorista do carro. Nesse momento, o policial que estava com sua arma funcional disparou um tiro no tórax do rapaz, “entendi que se tratava de um roubo”, falou o PF aos policiais que atenderam a ocorrência.
Após ser ferido, Lucas percorreu a Rua Maracaju indo até a Rua Arthur Jorge, onde caiu. O Corpo de Bombeiros foi acionado e foi tentada reanimação por cerca de 40 minutos, mas Lucas morreu no local.
Segundo o policial federal, ele percebeu que nas imediações havia uma motocicleta que acreditava estar no local para dar apoio a Lucas. O delegado e superintendente regional da Polícia Federal no Estado e delegado da Polícia Civil foram até o local dos fatos.
Foi recolhida a pistola 9mm com 15 munições do policial federal para perícia.
Em nota enviada ao Jornal Midiamax, a Polícia Federal disse que “foram realizados todos os procedimentos legais, no entanto, a PF não vai se manifestar sobre o caso até a sua elucidação”.
‘Ele matou como se fosse cachorro’
“Ele matou como se fosse cachorro, bandido, drogado. Eu quero ver as imagens para saber se ele realmente fez isso. Tem muito policial bom, correto, mas tem bandido também”, disse a mãe de Lucas, nessa segunda-feira (20) ao Midiamax.
A reportagem conversou com a mulher na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro, onde havia ido buscar papéis para fazer a liberação do corpo do filho. Bastante abalada com o que aconteceu, ela disse que Lucas estava com amigos naquela noite e que eles também negam a versão de que fosse um assalto.
“Os meninos falaram que ele foi urinar no carro e, quando chegou perto, ele [policial] já foi atirando. Deve ter achado que ia assaltar e atirou”, lamenta a mãe. Ela falou que o filho não é usuário de drogas e que o único vício que tinha era com bebida alcoólica. Ele era marceneiro e trabalhava com móveis planejados.
Ainda segundo a mãe, o filho teve uma passagem quando menor, por ter pulado no quintal de uma pessoa com os amigos, todos menores. “Pelo que conheço meu filho e não faz isso [roubar]”, explica. Ela ainda reclama que o filho morreu na noite de sábado e só a avisaram no domingo à noite.
Sobre ele estar mascarado, a mãe disse que ele e os amigos estavam em um bloco de carnaval e por isso a máscara.
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