Briga entre PCC e a ‘Firma’ causou mortes de irmãs carbonizadas e começou guerra na fronteira em MS

Membros da ‘Firma’ fugiram de presídio e são procurados pela polícia

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Irmãs Fabiana Aguayo Baez, de 23 anos, e Adriana Aguayo Baez, de 28 anos.

Os membros da facção a ‘Firma’ que fugiram de um presídio no Paraná e são procurados pela polícia são apontados como os causadores do início da guerra na fronteira de Mato Grosso do Sul, com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Eles são acusados da morte das irmãs Fabiana Aguayo Baez, de 23 anos, e Adriana Aguayo Baez, de 28 anos, em junho de 2017, em Pedro Juan Caballero, no Paraguai. 

Além das irmãs que foram torturadas e carbonizadas, o grupo também é acusado do assassinato do irmão do membro do PCC Thiago Ximenes, o ‘Matrix’ líder da facção na fronteira. O grupo é acusado de matar Lucas Ximenes, em 2017, em Pedro Juan Caballero. A ruptura com a facção criminosa na fronteira de Mato Grosso do Sul teve início com as mortes causadas pelo grupo que era ‘parceiro’ do PCC. 

Mayco de Souza Moretti, Carlos Henrique Cândido Tavares e Rafael Bruno Rodrigues estão soltos e são procurados pela polícia do Paraná, segundo o Portal UOL. 

Rompimento com o PCC

O rompimento do PCC com a Firma aconteceu logo depois do assassinato de Lucas, que nunca teve o corpo encontrado. O irmão de Lucas, o ‘Matrix’ foi preso em março de 2019. Ele fugiu de um cerco da polícia quando Reinaldo de Araújo, também integrante da facção, foi morto em um confronto.

  • ‘Matrix’ assumiu o comando do PCC na fronteira após a prisão do ex-líder Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, o ‘Minotauro’, no início de fevereiro, em Camboriú, no litoral de Santa Catarina.
  • Além das irmãs, o grupo ainda é apontado como responsável pela morte de Américo Ramirez Chaves, de 37 anos, que foi sequestrado, torturado e esquartejado, em março de 2017. Américo era testemunha protegida da Polícia Argentina.
  • Um grupo de homens armados teria invadido a residência de Américo durante a madrugada e mesmo com os gritos de seu marido, nenhum vizinho saiu em sua ajuda. Horas após, o corpo foi encontrado repartido em vários sacos de lixo nas imediações do Aeroporto Internacional da cidade de Ponta Porã, a 346 km de Campo Grande.

Irmão de Jarvis Pavão

Já o assassinato das irmãs em Pedro Juan Caballero aconteceu depois que uma delas, Fabiana, teria contratado um pistoleiro para matar o irmão de Jarvis, Ronny Pavão, por uma dívida de drogas. Segundo o UOL, a organização do narcotraficante havia abrigado o grupo paranaense na época para um rigoroso treinamento militar na fazenda de Pavão no Paraguai.