Sem encontrar sangue em porta-malas, nova perícia será feita em carro de militar que matou Natalin

Carro poderá ser apreendido novamente para retirada de carpete

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Tamerson está preso pelo feminicídio da esposa (Facebook/Arquivo)

A perícia feita no carro do militar da Aeronáutica, Tamerson Ribeiro de Souza Lima, não encontrou vestígios de sangue ou que um corpo tenha sido transportado no porta-malas, sendo sugerida a apreensão do veículo. O crime aconteceu na madrugada do dia 4 de fevereiro. 

No relatório feito pela perícia, foi descrito que foram encontrados no porta-malas cadeiras de praia, mochila, três sacolas, um rolo de papel higiênico, mas vestígios de sangue, fios de cabelo ou sujidades que demonstrassem que havia sido transportado um corpo no veículo não foram encontrados. 

Com isso, foi sugerido pela perícia que o carro fosse apreendido para que  o carpete fosse retirado do porta-malas para nova análise para uma resposta mais precisa quanto a material biológico não visto a olho nu. A primeira audiência do caso foi marcada para abril deste ano, onde serão ouvidas as testemunhas de acusação. 

Denúncia MPMS

Conforme a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Tamerson e Natalin conviviam maritalmente há quatro anos e tinham uma filha. Naquele dia, a vítima chegou em casa de madrugada e o casal teve uma discussão, quando Tamerson estrangulou a esposa com os braços, em um golpe de ‘mata-leão’.

Natalin foi morta por asfixia mecânica. A filha do casal esteve na residência todo o tempo, durante o crime. Tamerson então enrolou o corpo da esposa em um lençol e colocou no porta-malas do carro. Na manhã seguinte, ele ainda levou a filha de apenas 4 anos para a escola, com o corpo da mãe no veículo.

Depois, dirigiu até a Rodovia BR-060, onde desovou o corpo da esposa em um matagal. Ele foi denunciado pelo feminicídio qualificado pelo motivo torpe, na presença de descendente e emprego de asfixia, além da ocultação de cadáver. A denúncia foi recebida pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri.

Foi designada audiência para ouvir testemunhas de acusação para o dia 19 de abril. Tamerson está preso na Base Aérea de Campo Grande desde o dia 6, quando foi detido em flagrante após o corpo de Natalin ser encontrado.

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