Nesta sexta-feira (20), os policiais militares envolvidos na abordagem que resultou na morte de Pedro Henrique Evangelista Bahia, 24 anos, foram ouvidos pela Polícia Civil de , a 239 quilômetros de Campo Grande. O caso aconteceu na madrugada do último domingo (15) e é apurada morte em decorrência de oposição à intervenção policial.

Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, os policiais militares prestaram esclarecimentos na delegacia, acompanhados de advogado. Inicialmente, o caso foi tratado como uma legítima defesa por parte dos militares que atiraram contra Pedro que, no vídeo, é visto apontando a arma para um dos policiais.

Também de acordo com a Polícia Civil, a arma de fogo usada por Pedro, um revólver, não tem registro e ainda não foi identificado como ele adquiriu a arma. Testemunhas do caso foram ouvidas no decorrer da semana e o caso segue em investigação.

Briga com segurança e tiros

Pedro estava na casa noturna, mas teria discutido com o segurança, quando saiu dizendo que voltaria armado. O proprietário do estabelecimento, uma casa de shows, acionou a e relatou que Pedro teve uma briga com o segurança.

Depois, Pedro disse que iria em casa buscar uma arma e voltaria. Equipe da PM foi ao local dos fatos e fez rondas, mas logo ouviu os disparos. Os militares se aproximaram e encontraram Pedro caído na rua, com lesões por arma de fogo no tórax, abdômen e ombro esquerdo.

Corpo de Bombeiros foi acionado e encaminhou o rapaz até o Hospital Marechal Rondon. Momentos depois, o rapaz morreu na unidade. Essas são informações do boletim de ocorrência registrado no dia dos fatos.

Relato dos policiais sobre morte

Morte de Pedro é investigada
Pedro Evangelista (Reprodução, Instagram)

Os três militares estavam na casa noturna, de folga, armados com as armas da corporação. Em determinado momento, chegou ao local a branca e o rapaz teria descido já com a arma em punho, apontando para as pessoas que estavam na frente, que gritaram: “Ele está armado, ele está armado”.

Dois militares foram em direção a Pedro e teriam se identificado como policiais, exigindo que ele abaixasse a arma. A ordem não foi acatada e Pedro apontou a arma em direção a um dos militares, acionando o gatilho. Nas imagens a que o Midiamax teve acesso, é possível ver Pedro apontando a arma para o rosto do militar.

Consta no registro que os policiais atiraram contra Pedro, agindo em legítima defesa. Um terceiro militar que estava com os colegas chegou a sacar a arma, mas não atirou. O proprietário da casa noturna testemunhou os fatos e entregou as imagens das câmeras para a polícia.

Os policiais militares foram encaminhados para o batalhão e, depois, para a 1ª Delegacia de Polícia Civil de Jardim. A arma que estava com Pedro, um revólver, foi apreendido. Foi instaurado inquérito policial militar para apurar os fatos e a (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) também foi acionada.

O caso é tratado como porte ilegal de arma de fogo e tentativa de homicídio, cometidos por Pedro, além de homicídio decorrente de oposição à intervenção policial.