Nas redes sociais, mães se solidarizam com secretária após filho ser morto a tiros em MS
Ele teria apontado arma para policial militar
Renata Portela –
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“Quando uma mãe perde um filho, todas as outras sentem sua dor”, é a mensagem que circula pelas redes sociais após a morte de Pedro Henrique Evangelista Bahia, de 24 anos, na madrugada de domingo (15). Mães de Jardim se solidarizam com a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e Cultura, que perdeu o filho morto a tiros.
Pedro foi velado na Câmara Municipal de Jardim, na noite deste domingo e madrugada de segunda-feira (16). Nesta manhã, o corpo foi levado ao cemitério em cortejo e vários carros participaram, atravessando a região central da cidade.
Nas redes sociais, mães lamentam a morte do rapaz e se solidarizam com a mãe de Pedro. “Pedro era um amigo, em especial da minha filha. Nós estamos profundamente tristes com essa perda irreparável”, disse uma das mães. “Nenhuma palavra de consolo vai amenizar sua dor, minha miga Delaine Evangelista, mas saiba que estão em nossas orações”, afirmou.
“A ficha ainda não caiu”, comentou amiga de Pedro. “Que tristeza tão grande perder um amigo tão querido como o Pedro era para todos nós que o conhecíamos”, disse. “Jesus fortaleça o coração dos pais”, comentou outra pessoa no Facebook.
Pedro era conhecido na cidade, filho da secretária e de um pecuarista. A morte segue em investigação.
Arma sem registro
Apuração feita pelo Jornal Midiamax é que arma usada por Pedro Evangelista contra os policiais militares não tinha registro. A princípio, Pedro não tinha o porte de arma de fogo, e o revólver que ele estava usando não tinha registro, ou seja, não estava cadastrada em nome de ninguém. A arma não tinha numeração raspada.
Pedro voltou armado ao local depois de discutir com um segurança. Quando ele voltou ao bar, testemunhas gritaram “ele está armado”. O proprietário do estabelecimento, uma casa de shows, acionou a Polícia Militar e relatou que Pedro teve uma briga com o segurança.
Depois, disse que iria em casa buscar uma arma e voltaria. Equipe foi ao local dos fatos e fez rondas, mas logo ouviu os disparos. Os militares se aproximaram e encontraram Pedro caído na rua, com lesões por arma de fogo no tórax, abdômen e ombro esquerdo.
Corpo de Bombeiros foi acionado e encaminhou o rapaz até o Hospital Marechal Rondon. Momentos depois, o rapaz morreu na unidade.
Relato dos policiais sobre tiros
Os três militares estavam na casa noturna, de folga, armados com as armas da corporação. Em determinado momento, chegou ao local a Hilux branca e o rapaz teria descido já com a arma em punho, apontando para as pessoas que estavam na frente, que gritaram: “Ele está armado, ele está armado”.
Dois militares foram em direção a Pedro e teriam se identificado como policiais, exigindo que ele abaixasse a arma. A ordem não foi acatada e Pedro apontou a arma em direção a um dos militares, acionando o gatilho. Nas imagens a que o Midiamax teve acesso, é possível ver Pedro apontando a arma para o rosto do militar.
Consta no registro que os policiais atiraram contra Pedro, agindo em legítima defesa. Um terceiro militar que estava com os colegas chegou a sacar a arma, mas não atirou. O proprietário da casa noturna testemunhou os fatos e entregou as imagens das câmeras para a polícia.
Os policiais militares foram encaminhados para o batalhão e, depois, para a 1ª Delegacia de Polícia Civil. A arma que estava com Pedro, um revólver, foi apreendido. Foi instaurado inquérito policial militar para apurar os fatos e a Corregedoria da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) também foi acionada.
Após os fatos, os militares foram afastados até que termine o procedimento. O caso é tratado como porte ilegal de arma de fogo e tentativa de homicídio, cometidos por Pedro, além de homicídio decorrente de oposição à intervenção policial.
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