Pedindo por justiça, grupo publica carta sobre ação da PM em retomada de indígenas Kaiowá e Guarani

A Aty Guasu – Grande Assembleia dos povos Guarani e Kaiowá – publicou carta em que expressa revolta e indignação com a ação da Polícia Militar e do governo de Mato Grosso do Sul, que terminou com a morte de um indígena da etnia Guarani Kaiowá, no território Guapo’y, em Amambai, região sul de Mato […]

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Equipes do Choque na região de Amambai – Foto: Leitor Midiamax

A Aty Guasu – Grande Assembleia dos povos Guarani e Kaiowá – publicou carta em que expressa revolta e indignação com a ação da Polícia Militar e do governo de Mato Grosso do Sul, que terminou com a morte de um indígena da etnia Guarani Kaiowá, no território Guapo’y, em Amambai, região sul de Mato Grosso do Sul. 

“Foram atacadas crianças, jovens, idosos, famílias que decidiram, depois de muito esperar sem alcançar seu direito, retomar um território que sempre foi deles e que foi roubado no passado de nosso povo”, destaca a carta da Aty Guasu.

A carta prossegue destacando que “As imagens do massacre falam por si e são de fazer doer a alma do mais duro dos seres humanos. Tiros em jovens desarmados, violações a pessoas rendidas, disparos de helicóptero, tudo isso inclusive com uso de munição letal, deram o tom da covardia levada a cabo por um corpo policial que atuou sem mandado de reintegração de posse”. 

A Aty Guasu diz ainda que levará a todas as esferas a ação e que não desistirá até que os responsáveis sejam punidos e responsabilizados. “Exigimos a imediata prisão e responsabilização do Governador do Estado do MS, do comando da BOP/PM, e do secretário de segurança do Estado do MS”. 

Conflito 

Após indígenas da etnia Guarani e Kaiowá retomarem uma parte do território de Guapo’y, em Amambai, policiais militares do Batalhão de Choque foram ao local e houve conflito. Pelo menos nove indígenas ficaram feridos e um acabou morrendo. Foi confirmada a morte do indígena Vitor Fernandes, de 42 anos. Três policiais militares tiveram ferimentos e foram atendidos no hospital da cidade. 

Leia a carta na íntegra. 

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