Foram apreendidas pela Polícia Civil, durante a deflagração da operação da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), cerca de 5 toneladas de carne estragada que era fornecida para escolas municipais e estaduais.

A carne apreendida será descartada já que está imprópria para o consumo. No local, um galpão, havia duas salas onde funcionavam câmaras frias, uma outra sala que era para a manipulação da carne e um escritório. Um caminhão foi até o local para fazer o transporte da carne.

A empresa foi lacrada pela polícia. Uma denúncia feito ao (Ministério Público Estadual) levou a polícia ao galpão da empresa Embutidos Tradição Eireli, no bairro Atlântico Sul. Segundo o delegado Reginaldo Salomão, a situação em que os alimentos eram armazenados foi classificada como ‘trágica'. Equipes da (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) também participaram da operação.

O delegado disse que foram encontrados pacotes de carne descongelando no chão e algumas com larvas e ovos, todas podres, sem condição de consumo. No galpão não havia telas de proteção para evitar a entrada de bichos e muitas moscas estavam no ambiente. Vizinhos afirmam que o mau cheiro na região era frequente.

O sal que era usado para fazer charque estava armazenado no banheiro junto de produtos de limpeza. O delegado afirma que o dono da empresa falsificava SIFs (Selos de Inspeção Federal), usando os registros de outras duas empresas.

Quando o dono da empresa percebeu a chegada da polícia, fugiu. A Iagro e o Conselho de Medicina Veterinária estão no local para a apreensão das carnes podres. Os advogados da empresa, que estavam no local acompanhando a operação, não quiseram falar com a reportagem a respeito do caso.

O Jornal Midiamax também tentou contato com a empresa por telefone, mas nenhuma ligação foi atendida até a publicação deste texto.