Investigado por estupro, policial penal não foi afastado e continua atuando em Campo Grande

Agepen alega que ele não teria sido identificado

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presídio
Arquivo/Midiamax

O servidor da Agepen/MS (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul) denunciado pelo suposto estupro de uma detenta segue atuando em Campo Grande. Até esta sexta-feira (15), quatro dias após a denúncia de estupro, o policial penal ainda não foi afastado das atividades.

Ao Midiamax, a Agepen informou que as investigações são conduzidas pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) e que, até o momento, não foi repassada a indicação de autoria do crime denunciado pela vítima. Sendo assim, não há pedido formal de afastamento do servidor.

No boletim de ocorrência, a vítima chegou a dar detalhes físicos do policial penal, embora não soubesse exatamente o nome do autor. O Jornal Midiamax apurou que o suspeito já teria procurado inclusive advogado de defesa.

Também foi questionado se, no dia dos fatos, não haveria policial penal mulher acompanhando a detenta. A resposta segue na nota:

“A Agepen informa que a escolta de mulheres presas é realizada por grupamento que conte, preferencialmente, com servidor penitenciário estadual do sexo feminino, conforme estabelece o Decreto Nº 15.629, de 04 de março de 2021. Desta forma, depende do efetivo do dia e não se caracteriza como sendo de caráter exclusivo.

As investigações estão sendo conduzidas pela DEAM e até o presente esta Agência não recebeu indicação de autoria do suposto crime denunciado pela interna e, consequente, não há pedido formal de afastamento de servidor”.

Policial penal suspeito de estupro

A Agepen abriu procedimento administrativo para apurar denúncia de estupro contra uma detenta. O crime teria sido cometido por um policial penal, em Campo Grande, enquanto a presa estava internada sob escolta no hospital Santa Casa.

Em nota a Agepen relatou que a Corregedoria está apurando o caso que também é investigado pela Polícia Civil. Segundo denúncia feita pela vítima, o crime aconteceu entre os dias 27 de maio a 18 de junho deste ano. A detenta estava internada na Santa Casa, na enfermaria onde ficou isolada em um quarto. Ela contou que era escoltada sempre por policiais militares. Mas, que em uma das ocasiões dois policiais penais fizeram a escolta, sendo dois homens.

Ela ainda revelou que quando um deles foi descansar no carro, o outro começou a conversar com ela fazendo perguntas de cunho pessoal, se a detenta ficaria com ele. O policial penal a teria beijado, sendo que em seguida teria retirado as algemas que estavam no seu pé. Logo depois, ele a levou para o banheiro e começou a agarra-lá.

A vítima ainda contou que o policial tirou a roupa hospitalar da vítima e nesse momento, ela disse que não queria. Mas, o agente virou o rosto dela contra a parede e a estuprou. Depois, o policial penal saiu e a detenta voltou para a cama relatando não ter o visto mais.

A detenta só teria relatado os fatos para sua mãe no dia 8 deste mês dizendo que estava com medo.

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