Mato Grosso do Sul registra aumento de casos envolvendo crimes de roubo e de veículos neste ano, comparado ao ano passado. Levantamento do Sigo (Sistema Integrado de Gestão Operacional), monitorado pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), aponta que, somente em 2022, a média mensal é de 22 roubos e 270 furtos.

Vale ressaltar que o roubo é aquele em que o bandido rende a vítima presencialmente e leva os pertences. Quanto ao roubo de veículo, o Estado já soma 221 este ano, sendo o maior pico em março com 22 registros de boletim de ocorrência feitos pelas vítimas. Em média, o Estado registra 22 casos por mês. Nos primeiros dias de junho, 11 casos já estão sendo investigados. Já em 2021, de janeiro a maio, a soma é de 225 crimes, o índice também é de 20 a 25 registros a cada mês.

Já o número de latrocínio, roubo seguido de morte, está se igualando ao índice do ano passado. Entre janeiro e maio deste ano, a soma é de seis, sendo a maioria das vítimas do gênero masculino, com quatro homens, um caso sem informação e um de mulher. No ano passado, o mesmo período, soma oito mortes pela tipificação do crime.

No início do ano, o produtor rural Olenir Nunes da Silva, de 50 anos, e o filho, Antônio Alexandre Nunes da Silva, de 23 anos, foram assassinados por bandidos encapuzados que chegaram à propriedade e foram até a sede, onde renderam Antônio. O rapaz foi amarrado em um dos quartos e os bandidos saíram para pegar a da vítima, além de uma F1000 que ficava na fazenda.

furto de veículo
Monitoramento de furtos de veículos no Sigo. (Reprodução)

Quando se trata dos roubos de maneira geral — crimes que incluem vítimas em residências, celulares etc. — o total chega a 2.035 em todo o Estado, sendo 98 só nos primeiros oito dias de junho. Enquanto em 2021, foram 1936 registros — um aumento de 5%.

Na faixa de fronteira com países vizinhos, foram registrados 557 roubos no ano passado, sendo 481 entre janeiro e maio.

Registros de furtos

O furto de veículo, quando um carro é roubado na ausência do proprietário, por exemplo, subiu de 1.381 para 1.430 até o mês de maio. libera o índice entre os 79 municípios do MS, somando 970 no ano anterior e 939 neste. A faixa de casos vai de 265 a 294, em média 270 crimes do tipo por mês.

O furto de maneira geral sofreu alta de 7%, aumentando a incidência de 14.241 para 15.522, sendo 7.642 no interior do Estado e 7.880 na Capital nos cinco primeiros meses do ano. O mês de março é recordista nos índices mais altos anualmente, em média mais de 3 mil furtos acontecem no mês.

Quanto às vítimas, em Campo Grande, cidade que tem o maior número de furtos, os homens são os principais alvos de bandidos. Dos registros, 818 pessoas do gênero masculino procuraram a polícia para relatar o crime e 627 do público feminino.

Recentemente, uma quadrilha especializada em furtar carros usando guinchos em Campo Grande acabou presa por policiais da (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos). Duas mulheres faziam parte da quadrilha, que tinha como mandantes detentos encarcerados na Máxima.

Segundo informações passadas pelo delegado Reginaldo Salomão, os criminosos usavam uma página na rede social Facebook, onde carros Bobs — que não têm documentação regular — eram negociados. Os mandantes geralmente entravam em contato com o vendedor marcando um horário para ver o veículo que supostamente estava interessado.

Cidade sem furto e roubo de veículos

Brasilândia é o município que menos registra crimes de violência. Quando se trata de casos de roubo, nenhum morador entrou em contato com autoridades para detalhar situações nos seis meses deste ano, por enquanto. Dos 365 dias do ano passado, 59 foram furtados e 50 roubados.