Filhos de Geni, morta esfaqueada pelo ex-marido, seguem internados na UTI da Santa Casa

Geni registrou boletim de ocorrência um dia antes de ser assassinada

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Geni foi morta na casa dos filhos

Os dois filhos de Geni da Costa Reis dos Santos, de 48 anos, assassinada a facadas pelo ex-marido Silço Donizete Mendes, continuam internados na Santa Casa de Campo Grande, na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). O crime aconteceu na casa dos filhos da vítima no Jardim Tarumã.

Segundo a assessoria de comunicação do hospital, a grávida segue internada na UTI, em estado regular, mas estável. Ela está acordada, calma, respirando sem ajuda de aparelhos, e o bebê está bem, com movimentos normais.

O irmão da mulher também ferido está internado na UTI, consciente, orientado, estável, respirando sem ajuda de aparelhos.

Nesse domingo (25), familiares e amigos de Geni prestaram a sua última homenagem a ela. “Era uma pessoa maravilhosa, alegre, brincalhona… estava sempre sorrindo”, disse um dos familiares em seu velório.

Douglas Lima, de 27 anos, genro de Geni, contou que ela estava ansiosa para conhecer a neta que filha mais velha carrega no ventre, mas Silço a ameaçava e já avisava antes de matá-la, dizendo que ela não ia ver a neta nascer.

O feminicídio

Era por volta das 19h30, quando Silço Donizete Mendes, de 55 anos, chegou na casa do filhos da Geni da Costa Reis dos Santos, de 48 anos, no Jardim Tarumã, em Campo Grande, para cometer o crime brutal que ceifou a vida da ex-companheira, na sexta-feira (23). Moradora da região, que tentou ajudar Geni, detalha o ocorrido e lamenta não conseguir tirar as cenas de terror da cabeça.

Silço arrombou o portão a chutes, invadiu a casa e cometeu os crimes. Geni foi morta com golpes de faca no pescoço, que quase a degolaram, nas costas, orelha, braço, abdômen e mão.

Além de matar a ex-companheira, ele esfaqueou as costas da filha de Geni. A jovem esfaqueada nas costas está grávida de oito meses. O filho dela, também jovem, foi esfaqueado por duas vezes nas costas. Os irmãos são vizinhos e, após Geni se separar de Silço, ela foi morar com os filhos.

Após o crime, Silço fugiu em seu veículo, um GM Corsa, pela BR-163, em sentido ao distrito de Anhanduí. Ele tentou se matar ao jogar o carro contra dois caminhões. Houve uma explosão durante a batida, seguida de incêndio que foi controlado pelo Corpo de Bombeiros. Silço foi levado em estado gravíssimo para hospital de Campo Grande e veio a óbito na tarde deste sábado (24). A informação é de que os caminhoneiros não sofreram ferimentos graves.

Boletim registrado antes de ser assassinada a facadas

Geni foi até a Deam no dia 22 deste mês, onde fez um boletim de ocorrência contra Silço e solicitou medida protetiva por medo do autor. Na polícia, Geni contou que era casada com ele há três anos e ambos não tiveram filhos. Os filhos dela, que foram esfaqueados, são de outro relacionamento.

Antes de procurar a polícia, Geni conta que após negar relação sexual com o autor, ele começou a discutir com ela e a briga se transformou em ameaças. “Vou te matar, vou por fogo na sua casa, vou matar todos da sua família, você não vai ver seu neto nascer, desta noite não passa, você vai me pagar caro”; “V…….., você é acostumada a trocar de homem”, foram as ameaças de Silço contra Geni.

O boletim de ocorrência finaliza citando que o autor não possui arma de fogo, não faz uso de bebida alcoólica e, com o pedido de medida protetiva, pelo fato de que ela estava psicologicamente abalada, sufocada com a relação, refém e temendo pela sua vida e de seus familiares.

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