‘Era minha luz, meu tudo’, lamenta mãe de Natalin, morta pelo marido em Campo Grande
Militar deixou mulher morta às margens da BR-060
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Muito abalada ainda com o que aconteceu com sua filha, Natalin Nara Garcia, de 22 anos, encontrada morta às margens da BR-060, em Campo Grande, a mãe da jovem disse ao Jornal Midiamax estar passando pelo pior momento de sua vida. Tamerson, militar que era marido da jovem, foi preso nessa segunda-feira (7) acusado de matar e abandonar o corpo dela.
Liliane disse que a filha era a luz da vida dela. “Ela (Natalin) era a melhor filha, meu tudo, estou passando pelo pior momento da minha vida”, disse a mãe da jovem. Sobre o genro, Tamerson de Souza, ela se resumiu a dizer que ele sempre foi calmo, e que a família gostava do militar. Liliane ainda disse que ele era um bom pai para a neta.
Sobre a neta de 4 anos, Liliane disse que a criança está com o pai de Natalin, já que não conseguiu buscá-la devido à estrada de Sonora estar interditada. Liliane contou que deve passar primeiro em Paranaíba, buscar algumas roupas e depois vir para Campo Grande. A mãe da jovem preferiu não comentar sobre a vida conjugal da filha e aguarda as investigações.
Prisão e depoimento
Tamerson acabou preso nessa segunda-feira (7), levado para a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) e depois para a Base Aérea.
Em depoimento, Tamerson contou que, na madrugada de sexta (4), Natalin chegou por volta das 2 horas da madrugada embriagada e o casal acabou brigando, sendo que ele aplicou um mata-leão nela para contê-la, mas acabou matando a esposa. Natalin caiu desacordada e Tamerson teria tentado acordá-la, mas acabou percebendo que a jovem estava morta. O militar, então, a teria enrolado em um lençol e colocado o corpo dentro do porta-malas do carro. Ele esperou o dia clarear e levou a filha de 4 anos para a escola, com o corpo escondido no carro. Depois foi até a rodovia e pegou uma estrada de chão, onde desceu, retirou o corpo e o arrastou até o matagal, onde o abandonou.
Em seguida, Tamerson foi para a Base Aérea e depois marcou um encontro com uma prostituta de um site de acompanhante. No entanto, segundo o militar, o encontro aconteceu para ele ‘somente desabafar’ sobre a crise no casamento, não revelando para a mulher que havia assassinado a esposa, e, segundo ele, não aconteceu relação sexual entre os dois.
Ainda em seu depoimento, Tamerson contou que após abandonar o corpo teria simulado conversas com amigas de Natalin que estavam preocupadas com seu sumiço. Em uma das conversas em que se passa pela jovem diz: “Desculpa eu deixar vocês preocupados, mas eu precisava fazer isso. Preciso de um tempo para voltar a ser o que era”.
Após isso, Tamerson resetou o celular da esposa e o anunciou no Facebook pelo valor de R$ 3 mil. O militar ainda diz que ‘estava no seu limite’, que era constantemente humilhado pela esposa, e que cuidava sozinho da menina, que não era sua filha. O militar ainda revelou que o casal estava frequentando terapia de casal, e que há cinco meses não mantinham relação sexual.
Quando questionado sobre o nariz machucado e com sangue em Natalin, Tamerson disse que pode ter ocorrido na hora da queda da esposa no chão, após o mata-leão aplicado na jovem. Para a filha do casal, o militar contou que Natalin havia ficado doente e que tinha morrido no hospital.
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