O ano de 2022 teve julgamentos marcantes, com condenações que ultrapassam os 40 anos de , como a do ex-guarda municipal Valtenir Pereira da Silva. Também foi julgado neste ano o enfermeiro Jodimar Ximenes, acusado do aborto que vitimou Marielly Barbosa Rodrigues em 2011.

No dia 12 de janeiro, Emileide Magalhães foi a júri popular pelo assassinato da própria filha, Gabrielly Magalhães. A menina tinha apenas 10 anos quando foi estrangulada e enterrada pela mãe, em Brasilândia.

O julgamento terminou com a sentença de 39 anos, 8 meses e quatro dias para Emileide. Já em maio foi a vez do ex-guarda municipal Valtenir sentar no banco dos réus. Ele foi condenado a um total de 44 anos e quatro meses de prisão.

Valtenir (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Valtenir é acusado do feminicídio da ex, Maxelline da Silva dos Santos, de 28 anos. Ele também assassinou o amigo da vítima, Steferson Batista de Souza e tentou matar a esposa dele.

No mês seguinte, em junho, Clarice Silvestre de Azevedo foi julgada pelo assassinato do chargista Marco Antônio Borges, de 54 anos. O filho, João Victor Silvestre de Azevedo também foi acusado de participar do crime.

Assim, Clarice acabou condenada a 16 anos e 6 meses, enquanto João cumprirá um ano e 6 meses, por ocultação de cadáver. O chargista foi morto em novembro de 2020, em um crime brutal, depois teve o corpo esquartejado, colocado em malas e queimado.

O pedreiro Cleber de Souza Carvalho, apelidado de ‘pedreiro serial killer', passou pelo penúltimo julgamento em julho deste ano. Ele é acusado de cometer 7 assassinatos em Campo Grande e já soma mais de 95 anos em condenações.

Neste júri, pelo assassinato de José Jesus de Souza, de 44 anos, ele foi condenado a 18 anos de prisão. Ao todo, são 96 anos e três meses de pena que o réu já cumpre. José foi dado como em maio de 2020.

Cleber (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Após série de investigações, a Polícia Civil identificou os assassinatos cometidos pelo pedreiro Cleber. Entre as vítimas, estava José, que foi morto após desentendimento entre os dois durante um serviço e enterrado em um terreno.

Em setembro, o enfermeiro Jodimar Ximenes foi julgado pelo aborto que terminou com a morte de Marielly. O crime ainda teve participação do cunhado da vítima, Hugleice da Silva.

O julgamento durou aproximadamente 11 horas e terminou com os dois réus condenados. Jodimar cumprirá 5 anos e três meses e Hugleice quatro anos. Marielly foi encontrada morta em 2011, após ter feito o aborto clandestinamente.

Autores de feminicídios julgados em menos de um ano

Em novembro, mês nacional do júri, dois autores de feminicídio foram julgados em . Os crimes aconteceram em janeiro e fevereiro deste ano.

No dia 21, Adailton Freixeira foi a julgamento por assassinar Francielle Guimarães Alcântara, de 36 anos. Ela foi encontrada morta em casa com sinais de tortura e foi descoberto o feminicídio.

Apesar de alegar que não matou a vítima, Adailton foi condenado a 24 anos de prisão. Já no dia 25, o ex-militar da FAB (Força Aérea Brasileira) Tamerson Ribeiro Lima de Souza foi a júri popular.

Ele é acusado de matar a esposa Natalin Nara Garcia, de 22 anos, por asfixia. Depois, escondeu o corpo da vítima no porta-malas do carro e andou com a filha no veículo. Ele acabou condenado a 23 anos e quatro meses de prisão e também deve pagar indenização de R$ 15 mil para a filha.