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Polícia

Pedreiro ‘serial killer’ é condenado em penúltimo júri e penas somam 96 anos de prisão

Cleber foi julgado pela sexta vítima que fez em Campo Grande
Ranziel Oliveira, Renata Portela -
Cleber foi condenado em novo júri - (Foto: Nathalia Alcântara/Midiamax)

Nesta quarta-feira (20), o pedreiro Cleber de Souza Carvalho, de 45 anos, qualificado como ‘serial killer’ de por cometer 7 assassinatos e ocultações de cadáver, foi condenado em um novo julgamento. Ele cumprirá 18 anos de reclusão pela morte de José Jesus de Souza, o ‘Baiano’, assassinado aos 44 anos.

O Conselho de Sentença decidiu pela condenação de Cleber pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Já pelos crimes de estelionato, ele foi absolvido. A sentença, assinada pelo Aluizio dos Santos Pereira, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, é de 16 anos e 6 meses pelo homicídio e um ano e 6 meses pela ocultação de cadáver.

Assim, as penas imputadas a Cleber somam 96 anos e três meses de reclusão, em regime fechado. A defesa chegou a alegar legítima defesa, mas o veredito dos jurados foi pela condenação do réu. Os advogados José Vinícius e Dhyego Fernandes ressaltaram que já esperavam a condenação, pelo histórico do processo, mas que devem recorrer da decisão.

A defesa ainda se disse satisfeita pelas absolvições por estelionato.

Pedreiro denunciado pela morte de José

José foi vítima do pedreiro serial killer
José Jesus – Divulgação

De acordo com a denúncia, Cleber e José teriam se desentendido enquanto escavavam uma fossa em um terreno baldio, na Travessa Menino Jesus, na Vila Manoel Taveira. Após a discussão, Cleber deu golpes com um instrumento contundente na cabeça da vítima.

Na peça é citado que o serial killer deu vários golpes, com desnecessário sofrimento físico da vítima, configurando o meio cruel para cometer o crime. Depois, o pedreiro enterrou o corpo do colega no terreno, para ocultar o cadáver, que só foi descoberto após a de Cleber em maio.

Após o homicídio, Cleber teria se apoderado dos bens da vítima, como imóveis que inclusive vendeu, e outros bens repassou na negociação de compra de um automóvel. Com isso, ele teria se apossado dos pertences alheios, como se fossem dele. Assim ele acabou denunciado pelo estelionato.

Cleber foi enquadrado nos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e obter vantagem ilícita em prejuízo alheio, quando vende ou dá em pagamento coisa alheia como própria. Cleber já foi julgado por quatro das 7 mortes que confessou e as penas somam 63 anos.

Desaparecimento

No dia 11 de maio de 2020, um conhecido procurou a DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios) para relatar o desaparecimento de José. Morador na Vila Nasser, ele tinha sido visto pela última vez no final de fevereiro e o amigo desconfiou ao ver que outras pessoas já estavam morando na casa dele, sem que ele tivesse se despedido.

Segundo o amigo, ele conhecia José há aproximadamente seis anos e teve o último contato com ele em dezembro de 2019. José veio da e não tinha familiares em Mato Grosso do Sul. Para a polícia, esse era o perfil das vítimas de Cleber, pessoas que viviam sozinhas e não tinham familiares ou conhecidos em Campo Grande.

Após algum tempo sem notícia do vizinho, o amigo viu uma placa de vende-se na casa dele. Pouco tempo depois, viu uma família de desconhecidos começar a morar no local. Entre eles, estava Cleber, que foi prontamente reconhecido pelo amigo da vítima. Após a morte de José Leonel ser descoberta, os moradores no bairro cogitaram que o desaparecimento de José Jesus teria relação com o crime.

Pena reduzida

Em maio deste ano, foi determinado redimensionamento da pena definitiva de Cleber, pelo homicídio de Timótio Pontes Roman, de 62 anos. Inicialmente decretada em 18 anos de prisão, a pena foi reduzida para 15 anos e três meses, além dos 10 dias-multa. A decisão foi da 3ª Câmara Criminal.

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