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Polícia

Ex-guarda que assassinou Maxelline e amigo a tiros é condenado a 44 anos de prisão

Mãe da vítima se disse aliviada com a condenação
Marcos Tenório, Renata Portela -
Valtenir foi condenado (Foto: Stephanie Dias, Midiamax)

“Espero nunca mais na minha vida ver ele”, foram as palavras de Rodrigues da Silva, de 52 anos, após a condenação do assassino da filha dela, Maxelline da Silva dos Santos, morta aos 28 anos. Valtenir Pereira da Silva, de 37 anos, foi condenado a cumprir 44 anos e 4 meses de prisão nesta quinta-feira (5).

O Conselho de Sentença decidiu por condenar Valtenir pelo homicídio de Steferson Batista de Souza, tentativa de homicídio contra a mulher dele e feminicídio contra Maxelline. Pelo primeiro crime, foi condenado a 14 anos, pela tentativa foi condenado a 9 anos e 4 meses e, pelo feminicídio, cumprirá 21 anos de prisão.

A sentença foi determinada pelo Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri. Conforme o magistrado, a pena pelo feminicídio foi aumentada pela quebra da medida protetiva, que Maxillene tinha solicitado contra Valtenir. Caso ainda integrasse os quadros da GCM (Guarda Civil Metropolitana), Valtenir ainda deveria ser desligado imediatamente.

A defesa, feito pelo advogado Ronald Calixto, vai recorrer da decisão e analisar o que pode ser feito. O juiz Carlos Alberto Garcete determinou que Valtenir cumpra a pena em regime fechado e que só após cumprir metade poderá ter a progressão de regime para semiaberto.

Reação da mãe de Maxelline com condenação

Mãe e amiga de Maxelline
Marisa abraça amiga de Maxelline que também foi vítima de Valtenir (Foto: Stephanie Dias)

“Finalmente acabou”, relatou a de Maxelline, Marisa. Ela contou ao Midiamax que se sentiu satisfeita com o resultado. “Como não existe prisão perpétua, foi justo”, disse aliviada com o término do caso. A condenação acontece mais de dois anos após o crime, cometido em fevereiro de 2020.

Marisa lamentou ainda que nada poderá trazer a filha de volta e ainda disse que Valtenir não demonstrou arrependimento pelo que fez, em nenhum momento. “Espero nunca mais na minha vida ver ele”, afirmou.

Não lembra da briga

Em depoimento, o ex-guarda municipal, expulso da corporação após cometer os crimes, relatou que ficou incomodado naquela noite ao chegar e ver três casais na casa de Steferson e da esposa. “Eu e ela tínhamos voltado e ela já estava ficando com outra pessoa”, alegou, falando sobre Maxelline.

O que os amigos contaram, no entanto, foi que naquele churrasco Maxelline dizia que já não estava mais com Valtenir. “Não vi quando atirei na Maxelline, só lembro de ver ela no chão”, contou o ex-guarda. Steferson e a mulher também foram atingidos com tiros naquela noite, sendo que o rapaz não resistiu aos ferimentos.

“Se eu tivesse feito disparo com intenção de matar, eu matava”, disse Valtenir sobre a mulher de Steferson. Já sobre o amigo, ele alegou que ele era ‘maior’ do que o ex-guarda, mais forte, e que pediu para ele se afastar, mas não se afastou. Outro casal de amigos chegou a ver o crime, mas já estava dentro do carro, indo embora.

Se exaltou e atirou

Valtenir chegou a alegar em depoimento que não se lembra porque se exaltou e atirou na ex-namorada. Ele contou que, naquela noite, teria ligado algumas vezes para Maxelline, mas ela não atendeu. Então, decidiu ir até a casa do casal de amigos onde ela estava. Ele trabalhava como motorista de aplicativo naquele dia.

Então, já na casa conversou com Maxelline por aproximadamente 50 minutos, mas era ‘interrompido’ pela amiga da vítima, que a todo momento ia até lá ver como eles estavam e servir cerveja. Alterado, ele pediu para ela se afastar e sacou a arma, quando a série de disparos aconteceu.

Naquela noite, Maxelline contou para os amigos que não estava feliz com Valtenir e que eles tinham se separado, que não estavam mais juntos.

O que diz a denúncia contra o ex-guarda

Valtenir chegou a casa dos amigos de Maxelline, e os dois começaram a conversar do lado de fora. A princípio, as investigações apontaram que ele não aceitava o término do relacionamento e tentava reatar.

Além disso, a vítima teria tentado dar outras chances a Valtenir, mas por conta de agressões solicitou medida protetiva contra ele. Mesmo assim, naquela noite os dois acabaram discutindo, quando Valtenir tentou tirar a vítima do local. Neste momento, a amiga de Maxelline tentou ajudá-la.

Conforme aponta a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Maxelline entrou na frente para proteger a amiga, que correu para dentro da casa. Mesmo assim Valtenir atirou, atingindo a amiga da ex-namorada nas costas. Em seguida Steferson saiu para ver o que estava acontecendo e também foi atingido por um tiro no tórax.

Maxelline foi atingida em seguida por um tiro na cabeça. Ela e o amigo morreram no local, já a terceira vítima foi socorrida e se recuperou do ferimento. Valtenir fugiu naquele dia e permaneceu escondido. Equipes policiais fizeram ações, inclusive com helicóptero na tentativa de localizar o acusado, que acabou preso dias depois.

O MPMS ofereceu denúncia por homicídio qualificado por motivo torpe, também pela violência doméstica, caracterizando feminicídio. Além do homicídio contra Steferson, também qualificado por motivo torpe. Ainda recurso que dificultou a defesa da vítima, descumprimento de medida protetiva e tentativa de homicídio.

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