Com gastos de quase R$ 50 mil, líder de facção preso em Campo Grande vai a RS para júri
Ele responde pela morte de uma menina de 12 anos decapitada
Renata Portela –
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Iria a júri popular nesta quinta-feira (10) José Dalvani Nunes Rodrigues, de 40 anos, detido atualmente no Presídio Federal de Campo Grande, apontado como líder de facção criminosa no Rio Grande do Sul. Ele chegou a ser transportado até Porto Alegre (RS), mas o julgamento foi adiado pela segunda vez.
Na primeira ocasião, em setembro deste ano, Dalvani foi levado de Campo Grande até Porto Alegre gerando um custo de R$ 49,5 mil. No entanto, a defesa do réu não pode participar do julgamento, o que acarretou no adiamento.
A juíza emitiu um despacho, alertando que se o julgamento não acontecesse na nova data marcada, 10 de novembro, a defesa de Dalvani deveria arcar com os custos, conforme informou o site GZH. A princípio, o valor seria semelhante pelo transporte do réu, chegando a R$ 100 mil.
José Dalvani deve retornar para Campo Grande e o júri acontece no próximo mês.
Julgamento adiado pela segunda vez
Em nota, o MPRS (Ministério Público do Rio Grande do Sul) informou que José Dalvani pediu em plenário a destituição da própria defesa. Ele ainda alegou que não poderia ser julgado antes dos outros dois réus – que trocaram de advogados e tiveram os júris adiados.
Após discussão em plenário, a magistrada remarcou o júri dos três réus para 7 de dezembro. “Lamento o que aconteceu em plenário. No meu juízo, foi uma medida protelatória do réu para impedir que o julgamento fosse realizado hoje”, avaliou o promotor de Justiça Luciano Vaccaro.
Os outros réus são Douglas de Sá Gomes e Gustavo Luz Marques. Os três respondem pelo assassinato de Laisa Manganeli Remedios, de 12 anos, crime cometido em setembro de 2016. Ela foi decapitada e enterrada em um cemitério clandestino.
Um membro da facção criminosa delatou o caso e revelou detalhes do crime. A menina teria sido morta por suspeita de passar informações da facção para a organização criminosa rival. Dalvani teria sido o mandante do crime e os outros dois os executores.
O delator, que também teria participação no crime, foi assassinado após deixar o programa de proteção a testemunhas.
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