Colombiano paga fiança de R$ 20 mil e vai responder em liberdade por acidente que matou Matheus

Ele vai ser monitorado com tornozeleira eletrônica

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Carlos foi preso na MS-080 após o acidente (Arquivo, Midiamax)

Na tarde desta quinta-feira (24), foi recolhida a fiança de R$ 20 mil aplicada a Carlos Hugo Naranjo Alvarez, de 32 anos, colombiano preso no dia 28 de fevereiro pelo acidente que vitimou Matheus Frota da Rocha, de 27 anos. Mesmo com o pagamento, ele ainda deve aguardar o trâmite legal para ser liberado.

Conforme relatado pela advogada de defesa, Valda Nóbrega, foi feito pagamento da fiança e o passaporte de Carlos foi entregue no Cartório da 1ª Vara do Tribunal do Júri, conforme determinado pelo juiz Carlos Alberto Garcete. O alvará de soltura deve ser assinado na sexta-feira (25).

Ainda nesta quinta-feira, foi publicada decisão do magistrado por indeferir pedido do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) de manter a prisão preventiva. Ainda assim, Carlos deve ser liberado na segunda-feira (28), quando completa um mês da prisão. Ele será encaminhado para colocar a tornozeleira eletrônica e cumprirá medidas cautelares impostas pelo magistrado.

A fiança, antes arbitrada em R$ 50 mil, foi reduzida para R$ 20 mil na última semana. Para isso, a Mercedes-Benz C180 foi penhorada, sendo determinada inclusão de restrição no sistema do Detran.

Audiência

Foi agendada para o dia 6 de abril a audiência para ouvir testemunhas e também para que seja feito o interrogatório de Carlos Hugo. A data foi confirmada em despacho, assinado pelo juiz Carlos Alberto Garcete.

Relembre o acidente

A denúncia foi apresentada no dia 11 de março. Conforme a peça apresentada pelo MPMS, Carlos teria agido com dolo eventual, assumindo o risco de matar na direção de veículo automotor. Com isso, matou Matheus e tentou matar a jovem de 18 anos, “não consumando seu intento homicida por circunstâncias alheias à sua vontade”.

Ainda de acordo com a acusação, Carlos se encontrou na madrugada do dia 28 com outros três amigos em um bar, na Rua Euclides da Cunha, no Centro. Lá, os amigos beberam três garrafas de whisky, com combos de energético, pagando aproximadamente R$ 1.230, conforme registrado na comanda.

Ao sair do bar, Carlos dirigia a Mercedes-Benz C180 e seguiu pela Rua Guia Lopes. Por volta das 5h40, no cruzamento com a Avenida Salgado Filho, desrespeitou a sinalização semafórica de parada obrigatória, colidindo na motocicleta Honda Fan vermelha, pilotada por Matheus e com a jovem na garupa, registra o MPMS.

Matheus teve a perna esquerda inteira decepada e morreu no local. A garupa foi encaminhada para a Santa Casa, onde permaneceu internada. A acusação registra ainda na peça que Carlos fugiu do local, deixou os amigos no Bairro Tijuca e saiu tomando rumo incerto e não sabido. Já por volta das 6h30 foi encontrado na MS-080, após o carro ficar sem combustível.

Ele foi submetido a teste de bafômetro que constatou 0,3 mg/l. Para o MPMS, Carlos agiu com dolo eventual, “uma vez que estava ciente do perigo concreto de acidente com seu veículo automotor ao dirigi-lo em alta velocidade, sob estado de embriaguez, além de desrespeitar a sinalização semafórica de parada obrigatória, vindo a colidir com a motocicleta na qual estavam as vítimas”.

Ficou concluído que Carlos assumiu o risco de matar as vítimas. Ele foi denunciado por homicídio simples, tentativa de homicídio e conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool. Foram elencadas oito testemunhas de acusação a serem ouvidas no decorrer do processo.

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