Assassino de homem em conveniência em Campo Grande disse estar ‘cansado de apanhar’
Assassino ainda contou em depoimento que Edijalma seria disciplina do PCC
Thatiana Melo, Danielle Errobidarte –
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Walter Eduardo Ferreira, de 21 anos, preso em flagrante pelo assassinato de Edijalma Hércules dos Santos, de 32 anos, na madrugada desta sexta-feira (15), em Campo Grande, contou em depoimento que ‘estava cansado de apanhar’.
De acordo com informações do delegado Jarley Inácio, o acusado contou em depoimento que ele já havia sido ameaçado por Edijalma que seria disciplina do PCC (Primeiro Comando da Capital), na região. Ainda segundo Walter, ele estava cansado de apanhar da vítima.
Jarley ainda revelou que a Favela do Anjos é uma ocupação recente, e que a há muita disputa para quem vai controlar o local. Mas, testemunhas contradisseram o depoimento de Walter e afirmaram que o assassino vivia ameaçando as pessoas no bairro, além de ficar fazendo disparos em uma tentativa de intimidar os moradores do local. Walter tem passagens por roubo e tráfico de drogas.
Assassinato
O crime aconteceu depois da meia-noite quando o atirador estava na conveniência, na Rua Maria Del Horno Samper, e Edijalme chegou ao local sendo que Walter Eduardo Ferreira, de 21 anos, preso em flagrante se levantou e passou a atirar na direção da vítima, assim que ela se virou de costas.
Edijalma ainda tentou correr em direção à sua casa que fica perto da conveniência, caiu e sua esposa gritou por socorro. A dona de um trailer de lanches que fica na mesma rua presenciou todo o crime e tentou ajudar a vítima. O homem foi colocado dentro de um carro e levado para atendimento médico.
O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado e fez o atendimento do homem no meio do percurso. Os socorristas tentaram fazer a reanimação de Edijalma, mas ele não resistiu e morreu antes de ser levado para o hospital. O tiro acertou as costas e transfixou no peito. Testemunhas contaram que Walter descarregou o revólver em cima da vítima.
Testemunhas contaram aos policiais onde Walter, conhecido como ‘Du’, morava. Ele vive em um barraco na ‘Favela dos Anjos’. Os policiais foram até o local e ao encontrarem o barraco flagraram o autor conversando com sua mãe sobre o crime, e que não tinha certeza se havia matado Edijalma.
Os policiais fizeram um cerco e deram voz de prisão a Walter, que ainda questionou se Edijalma havia morrido. Quando foi confirmado para ele sobre a morte, ‘Du’ teria dito que ainda bem, “tá feito, não vai mais bater na cara de homem”. O autor contou que na última semana teve um desentendimento com a vítima que deu um soco no rosto dele.
Já a caminho da delegacia, ele tentou voltar atrás dizendo que seu irmão menor de idade que havia cometido o crime.
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