Após indiciamentos, alunos do IFMS trocam figurinhas com memes de Hitler em Campo Grande

Aluno teria hackeado o dado de outros alunos e dos pais e ainda os ameaçado após a troca de figurinhas

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Mensagens enviadas em grupo de alunos (Foto: Reprodução)

Após o caso de racismo e apologia ao nazismo ser denunciado em fevereiro deste ano, no IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul), surgiu no começo deste mês caso semelhante no mesmo instituto em que alunos trocaram figurinhas de memes do Hitler em grupos de WhatsApp, preocupando novamente pais e estudantes. 

O caso está sendo investigado pela Depca como injúria majorada e ameaça. O delegado Marcelo Dameceno disse que ainda nesta semana testemunhas serão ouvidas sobre o fato. Informações passadas para o Jornal Midiamax, por uma testemunha que não será identificada, é de que o aluno teria hackeado o dado de outros alunos e dos pais e ainda ameaçado, para que ficassem com medo.

Nas conversas no grupo em questão, um dos alunos pergunta se pode mandar “figurinhas do mito”, quando outro aluno responde “vou mandar mais”. Em sequência, várias figurinhas de Hitler são enviadas para o grupo.

Em nota, o IFMS disse que está levantando informações a respeito do caso. O espaço segue aberto para posicionamento do Instituto.

Outro caso

Em abril deste ano, um aluno foi indiciado  por injúria após ser acusado de racismo e apologia ao nazismo. O crime de injúria racial prevê pena de um a três anos de reclusão. O inquérito sobre este caso já foi encerrado e enviado ao MPMS (Ministério Público Estadual). 

Racismo contra adolescente

O boletim de ocorrência foi feito em fevereiro deste ano, por uma das mães dos estudantes do instituto. Ela relatou que o rapaz teria dito “IFMS é um lugar propício para um massacre”. O suspeito também teria afirmado que já tinha uma lista com os nomes dos alunos que ele mataria.

Ainda de acordo com o registro policial, o estudante se autointitulava nazista. Em fevereiro, o suspeito teria falado que mataria um dos colegas e que outro seria torturado. Em outra ocasião, o suposto autor chegou a dizer a um estudante: “Tu não é ariano, te coloco pra assar”.

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