Agentes da Polícia Federal deixaram endereço residencial na Rua Antonio Maria Coelho por volta das 8h30 desta quarta-feira (12), com diversos malotes, após cumprimento de mandados de busca e apreensão. Os policiais retornaram à Superintendência da PF em dois veículos – uma viatura e uma descaracterizada. O endereço seria ligado à pessoas que fizeram parte da licitação investigada em Corumbá, entre os anos de 2013 e 2016.

O cumprimento dos mandados integra a Operação Independência, deflagrada pela Polícia Federal e pela CGU (Controladoria-Geral da União) a partir de investigação que identificou fraude em licitação de reforma da Praça da Independência, em Corumbá, durante a gestão do ex-prefeito Paulo Duarte (MDB). A investigação chegou a nomes de empresa e de funcionários públicos na prática de crimes previstos na lei de licitações e peculato. Mandados são cumpridos em Campo Grande e em Corumbá.

De acordo com a PF, 35 policiais federais, além de servidores da CGU (Controladoria-Geral da União), cumpriram 8 mandados de busca e apreensão na casa de empresários e funcionários públicos da Prefeitura Municipal de Corumbá vinculados à administração dos anos de 2013 a 2016. As investigações apontam que o grupo criminoso teria sido favorecido na celebração do procedimento licitatório, além de não ter entregue, ou ter entregue apenas em parte, a obra de reforma da Praça Independência, na cidade de Corumbá.

Os mandados expedidos pela Justiça Federal em Corumbá buscam reforçar os indícios de corrupção identificados até agora e individualizar a conduta de cada agente. Segundo a PF, investigados poderão responder pelos crimes de peculato (artigo 312, caput, segunda parte, do código penal) e frustração do caráter competitivo do processo licitatório (art. 90, da Lei nº 8.666/93).

O nome da operação faz referência ao Praça da Independência, objeto urbano centenário localizado no centro da cidade de Corumbá e que representa um ícone no paisagismo e na história da cidade.