Sem anúncio, nem alarde: execuções aumentam e Campo Grande tem 26 homicídios em 3 meses

Vítimas são geralmente atacadas à noite, na frente de casa e casos seguem em investigação

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Tiros, facadas ou, às vezes, pauladas, sem importar o horário ou até quem vai presenciar o crime: as execuções têm aumentado em Campo Grande e, somente nos últimos três meses, foram 26 casos registrados. Em uma única manhã de sábado, por exemplo, três pessoas foram mortas em um intervalo de apenas três horas na Capital.

O aumento da violência e da morte, de uma hora para a outra, sem anúncio e sem alarde pelas ruas da cidade, muitas vezes, está ligado ao tráfico de drogas, mas brigas por mulheres e desavenças antigas também são ‘motivos’ para os assassinatos.

Alguns homicídios, ainda sem solução, não têm os porquês revelados. Como é o caso da morte de Kennedy Gabriel, de 20 anos, assassinado com pelo menos três tiros, na noite dessa quinta-feira (2), em frente de sua casa no Porta Caiobá. Ele chegou a correr para dentro da residência na tentativa de fugir, mas não conseguiu se livrar dos disparos. A polícia está atrás dos criminosos, mas não se sabe os motivos para o homicídio já que não se sabe se ele estava sendo ameaçado.

Em outro caso, por exemplo, Ben-Hur Celestino Caetano Acosta, de 34 anos, foi assassinado com 10 facadas no bairro Jardim Monumento quando saía do trabalho em uma conveniência e foi perseguido por um grupo até a frente de sua casa. Antes de morrer, Ben-Hur teria dito a avó: “Olha só vó o que essa moça me fez”. 

No dia 27 de novembro, Luciano Ferreira Torres, de 33 anos, foi assassinado no bairro Nossa Senhora das Graças, em Campo Grande, quando fazia a limpeza da casa junto de seu tio. Ele foi morto com tiros na cabeça. O atirador estava em uma motocicleta e até agora não foi encontrado.

Drogas

Em muitos casos, são as drogas que motivam os crimes cometidos, como o contra Fernando, conhecido como ‘Falcatrua’, que foi assassinado a pauladas até a morte, no bairro Taquarussu. No dia do crime, o autor acabou preso após voltar para desferir mais golpes contra a vítima, que já estava sem vida. A briga que acabou em assassinato teria sido motivada por drogas, mas testemunha também disse que uma mulher seria o motivo para o homicídio.

Fronteira

A região da fronteira também é palco para os assassinatos que acontecem até em padarias, como é o caso, do empresário Badih Mohamed Salém, de 49 anos, morto quando tomava café com um amigo na padaria da cidade de Ponta Porã. Ele foi assassinado com seis tiros, chegando a ser socorrido, mas morrendo quando recebia atendimento médico no hospital.

Ainda na região da fronteira, em Dourados, em novembro também foi assassinado Aldemir dos Santos, de 32 anos, morto no dia 22, no Bairro Estrela Tovi, periferia da cidade. Ele foi atingido com pelo menos quatro tiros, enquanto tomava tereré com a esposa. Dos quatro disparos, dois atingiram a cabeça da vítima, um o ombro e outro a altura do peito. O atirador estava em uma motocicleta e não foi encontrado ainda. Não se sabe os motivos para o crime. 

A maioria dos crimes ainda não teve solução, e nem mesmo a motivação para os assassinatos foi descoberta. Em Campo Grande, nos últimos três meses foram registrados 26 homicídios e no Estado foram 75 assassinatos.

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