Operação Omertà: quatro pessoas são condenadas por manter arsenal
Armamento que inclui 6 fuzis e mais de mil munições deve ser entregue ao Exército
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O juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, determinou a condenação de Jamil Name Filho, do ex-guarda municipal Marcelo Rios, de Rafael Antunes Vieira e de Vladenilson Daniel Olmedo por manter arsenal, encontrado em 2019 durante a Operação Omertà. Na decisão desta sexta-feira (17), as prisões preventivas dos réus também foram mantidas.
O juiz determinou que a “grande quantidade de arma de fogo apreendida” – 6 fuzis, 17 pistolas, 2 espingardas e 1 revólver -, além das mais de mil munições de diversos calibres e acessórios, como luneta, carregadores e silenciadores, sejam entregues ao Exército Brasileiro.
O ex-guarda municipal Marcelo Rios foi condenado a sete anos de reclusão e 29 dias multa. Já Rafael Antunes Vieira, a seis anos e nove meses de reclusão e pagamento de 22 dias multa. Vladenilson Daniel Olmedo foi condenado a quatro anos e seis meses de reclusão, além de 15 dias multa; enquanto Jamil Name Filho, a 4 anos, seis meses de reclusão e pagamento de 15 dias multa. O regime de todas as penas é fechado.
Apreensão do arsenal
Foi em maio de 2019 que a apreensão de um arsenal de guerra deu início ao que se tornaria a Operação Omertà quatro meses depois. Assim, a apreensão feita pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros), com apoio do Batalhão de Choque, levou ao desmonte de um grupo ligado a execuções na Capital.
O armamento avaliado em cerca de R$ 200 mil estava sob posse do ex-guarda civil municipal Marcelo Rios — demitido por envolvimento no caso. Foram encontrados em posse do réu quatro carabinas 556, 11 pistolas nove milímetros, uma arma calibre 12, outra arma longa calibre .22, um revólver 357, quatro pistolas .40, um calibre 380, uma pistola calibre 22, além dos dois fuzis AK47. Também foram apreendidos silenciadores e carregadores.
A partir de investigação conjunta realizada pelo Garras e Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), foi possível conectar as execuções de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Mendes e Matheus Coutinho da Silva Xavier.
Inicialmente, apenas Marcelo Rios foi denunciado pelas armas de fogo. No entanto, após as investigações, foi feito aditamento da denúncia, com os outros acusados.
Omertà
Com a continuidade das investigações, quatro meses depois foi deflagrada a Operação Omertá. Ao todo, foram cumpridos 44 mandados na Capital, sendo 13 de prisão preventiva, 10 de prisão temporária e 21 de busca e apreensão.
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