Golpe na venda de haras deixou prejuízo milionário e intermediador foi denunciado pelo MPMS
Vítima recebeu cheques sem fundo após fechar negócio
Arquivo –
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Representante comercial está sendo processado por estelionato, depois de aplicar golpe milionário ao intermediar a negociação de um haras em Campo Grande. Ele foi denunciado pelo MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), com base em inquérito policial conduzido pela Deadfaz (Delegacia Especializada em Repressão a Crimes de Defraudações e Falsificações). O procedimento tramita na 4ª Vara Criminal.
Consta na denúncia que no ano de 2011, o réu se interessou na compra de um haras localizado na Capital, avaliado em R$ 1,5 milhão. No entanto, durante as negociações, pediu que o imóvel fosse transferido para o nome de uma empresa em nome de uma terceira pessoa. Ou seja, antes mesmo de fechar a compra, já estava negociando o imóvel com outra pessoa. Mesmo assim, o proprietário deu continuidade às tratativas.
Ficou combinado que o pagamento pelo haras seria com R$ 50 mil em espécie, um veículo Hyundai Sonata no valor de R$ 100 mil e um cheque no valor de R$ 1.350.000,00. No entanto, logo após acertar a venda, o proprietário do haras foi sacar o cheque, mas este foi devolvido em razão das insuficiência de fundos. Ele então procurou o réu para acertar a conta. Foi acertada então uma nova negociação, envolvendo outro veículo e lotes.
Ou seja, o proprietário do haras devolveria ao réu o carro da Hyundai e receberia em troca um Toyota SW4. Em seguida, devolveria o cheque milionário em troca de uma área na cidade de Bonito, avaliada em R$ 500 mil e, por fim, receberia ainda mais dois cheques, um no valor de R$ 350 mil e outro avaliado em R$ 500 mil. No dia 20 de outubro daquele ano, a vítima foi ao bando sacar os cheques, mas novamente constatou falta de dinheiro.
Em busca de informações para reparar os prejuízo, o proprietário do Haras tomou conhecimento que o réu estava negociando com outra pessoa a mesma área em bonito que havia lhe oferecido como pagamento. Além disso, o SW4 estava financiado em nome de outra pessoa. A vítima tentou desfazer o negócio, mas não conseguiu e ficou no prejuízo de R$ 1 milhão, motivo pelo qual denunciou o representante comercial à Polícia Civil.
O processo está na fase de apresentação das alegações finais, para seguir para julgamento.
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