Julgado nesta quarta-feira (10) por videoconferência, Adriano Hilário dos Santos foi condenado a 20 anos e 6 meses de reclusão em regime fechado. Atualmente preso em Mossoró (RN), Adriano é acusado do homicídio de José Carlos Louveira Figueiredo, de 41 anos, sequestrado e decapitado em um do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Adriano foi condenado pelo homicídio e ocultação de cadáver, sendo absolvido por integrar organização criminosa, já que responde por esse crime em outro processo. Por maioria, ele foi condenado pelos crimes, cometidos em 2017, e deve cumprir 20 anos de prisão.

Julgamento

Em depoimento exibido por vídeo no plenário, Adriano disse que não conhecia José e só ficou sabendo que estava sendo acusado do homicídio dele quando foi preso no aeroporto de Guarulhos. A polícia teria chegado até Adriano por mensagens de celular – aparelho que ele afirmou ter comprado em um camelô sem saber da origem.

Ele ainda disse que o aparelho teria sido comprado dias depois do crime e que já havia até trocado o chip do telefone, negando qualquer participação no tribunal do crime, que acabou na morte de José. Adriano confirma ter sido acusado da morte de dois membros do PCC, mas nega que faça parte da organização criminosa.

Homicídio

José foi torturado e decapitado em novembro de 2017 em um tribunal do crime do PCC. Ele e mais dois filhos adolescentes foram internados em uma clínica de recuperação, quando no dia 18 de novembro, três homens invadiram o local e levaram amarrados o pai e um dos filhos.

Na época, o adolescente contou que ele e José foram levados a quatro imóveis diferentes em vários pontos da cidade, sempre amarrados e agredidos com socos e chutes, permanecendo nas mãos dos autores por aproximadamente cinco dias, sendo vigiados a todo o momento por pelo menos seis pessoas.

Após este período, foi dada ordem pelo PCC que José fosse executado e o garoto liberado. A vítima estava sendo acusada de comercializar drogas para a rival, o CV ().

Ainda segundo o relato, os dois foram levados até um local desconhecido quando José foi retirado do carro e executado a tiros. O adolescente disse ter ouvido os disparos. Ele ainda afirmou ter sido ameaçado de morte, caso relatasse o que havia acontecido a alguém.

Foram presos acusados pelo crime na época, Nicolas Kelvin Soares Montalvão, de 18 anos, Davyd Samuel Boaventura Salvador, de 18 anos e Kaio Batista Oliveira, de 25 anos, conhecido como ‘Manaus'.