Na segunda-feira (31), foi apresentada denúncia contra Bruno Cezar de Carvalho de Oliveira, 24 anos, acusado de assassinar Emerson Salles Silva. O crime aconteceu no dia 13 de agosto, uma quinta-feira, quando Bruno atirou contra o colega na lanchonete em que trabalhavam, na .

Conforme o MPMS (Ministério Público de ), Bruno foi denunciado por dois crimes. São eles o de adquirir e portar ilegalmente a arma de fogo, um revólver calibre 38, além do . Assim, foi apresentado pelo promotor Wilson Canci Junior o relato do crime a partir das investigações policiais.

Ainda segundo a peça do MPMS, Bruno e Emerson trabalhavam juntos durante o dia em uma farmácia e à noite na lanchonete, ambos como motoentregadores. Assim, como já apurado anteriormente pelo Midiamax, uma briga fútil entre eles após Bruno faltar ao serviço na quarta-feira (12) acabou evoluindo para o homicídio.

Briga e homicídio

Também conforme apontado na denúncia, como Bruno faltou, Emerson teria ficado irritado pelo excesso de serviço na lanchonete. Com isso, os dois tiveram discussões pelo WhatsApp e na quinta-feira Bruno já teria ido trabalhar armado, chegando momentos antes de Emerson.

Logo que chegou, ele questionou se o colega já estava lá e ainda disse “É bom que ele não apareça aqui hoje”. No entanto, em seguida Emerson chegou e os dois já discutiram, momento em que Bruno sacou a arma e fez ameaças. Ainda entraram em luta corporal, quando Bruno pegou novamente a arma, que tinha guardado na mochila, e atirou.

Então, Emerson caiu e depois ainda foi ferido com mais um tiro. Bruno fugiu em seguida, ficou 5 dias foragido até que se apresentou na delegacia. Já Emerson, chegou a ser socorrido após o crime, mas não resistiu aos ferimentos.

Agora, é aguardado que o juiz receba a denúncia, para que Bruno se torne réu no processo.

Prisão preventiva

Motoentregador que assassinou colega em lanchonete é denunciado por dois crimes
Bruno foi preso e confessou o crime (Foto: Divulgação)

O juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri negou o pedido da defesa de revogar a prisão de Bruno. O magistrado pontua que a manutenção da custódia cautelar é necessária, pela caracterização do crime cometido.

Isso, somado ao fato de que Bruno, após atirar várias vezes contra Emerson, fugiu do local e ficou 5 dias foragido até se apresentar. Ainda é dito que ele teve a oportunidade de não atirar contra Emerson, já que a briga entre eles já tinha terminado. No entanto, ele buscou a arma e fez os disparos.

Além disso, ele teria comprado a arma 5 meses antes do crime e ainda a quantidade de tiros disparados por Bruno mostra a gravidade da conduta do acusado. Por isso, o magistrado afirma que o argumento de legítima defesa não deve ser acolhido nesta fase do processo. Então, foi mantida a prisão preventiva de Bruno.