Pelo menos oito mulheres foram presas e levadas para a sede da Superintendência da de , na manhã desta segunda-feira (31), em uma operação contra a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), que cumpre 122 mandados em 11 cidades do Estado.

As prisões aconteceram nos bairros Aero Rancho, Santa Luzia, Rita Vieira, Colúmbia, Marajoara, Canguru, Novos Estados e Jardim Monumento . As outras regiões não foram divulgadas. A filha de uma das detidas contou ao Jornal Midiamax que os agentes chegaram na sua casa depois das 5h30 da manhã desta segunda (31), e levara sua mãe que tem problemas de saúde e é obesa presa. O irmão de uma das presas no Aero Rancho afirmou não conseguir informações sobre o que está acontecendo.

Uma das presas teria emprestado a conta para nora, mas segundo o advogado, ela não sabia que a nora iria fazer ‘coisas' para o PCC. Durante três meses, ela teria recebido em sua conta uma mesada de R$ 3 mil.

Os mandados são cumpridos em Campo Grande, total de 28, em Corumbá 1 mandado, em Três Lagoas com 1 mandado, Aquidauana, Água Clara, Paranaíba, Bataguassu e Dourados também com um mandado de busca e apreensão e dois em Ribas do Rio Pardo. Mandados de prisão também são cumpridos em Dourados com 3 mandados, Campo Grande com 74 mandados, Bonito, Bandeirantes, Água Clara, Aquidauana e Três Lagoas com 1 mandado e dois em Ribas do Rio Pardo . São cumpridos mandados em estabelecimentos prisionais do Estado, um total de cinco.

A operação seria um desdobramento da Caixa Forte, que foi deflagrada, em agosto de 2019. A operação contra a facção está ligada ao e lavagem dinheiro e já foram bloqueados cerca de R$ 252 milhões em contas ligadas ao PCC. De acordo com a Polícia Federal esta é a maior operação em bloqueios de contas bancárias ligadas a facção criminosa.

Investigações

As investigações apontam que 210 pessoas detidas em presídios federais recebiam auxílio mensal por terem alcançado cargos de “alto escalão” dentro da facção. Para garantir o recebimento do “auxílio”, os integrantes do grupo indicavam contas de terceiros não pertencentes à facção para que os valores, oriundos de atividades criminosas, ficassem ocultos e supostamente fora do alcance do sistema de justiça criminal.

Além de membros do PCC, familiares e pessoas responsáveis pela e ocultação de patrimônio também são alvos da operação.