Chefe do Gaeco agradece comandante por ‘parceria’ no combate à corrupção dentro da PM de MS

Por meio de ofício de congratulação, a promotora de Justiça Cristiano Mourão Leal Santos, coordenadora do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público Estadual), agradeceu ao coronel Waldir Ribeiro Acosta, comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, pela parceria institucional que resultou na prisão de servidores corrupto…

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Por meio de ofício de congratulação, a promotora de Justiça Cristiano Mourão Leal Santos, coordenadora do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público Estadual), agradeceu ao coronel Waldir Ribeiro Acosta, comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, pela parceria institucional que resultou na prisão de servidores corruptos ligados ao tráfico e contrabando.

Aos 56 anos, Acosta seguirá para a reserva pelo tempo de serviço. “Ao tempo em que lhe cumprimento, venho através do presente [ofício] apresentar nossos sinceros agradecimentos em razão da parceria celebrada entre o Gaeco e o Comando-Geral da Polícia Militar durante a gestão de vossa Senhoria. Inúmeros trabalhos foram desenvolvidos em razão dessa sempre respeitosa parceira, o que propiciou o efetivo combate ao crime organizado em Mato Grosso do Sul, mesmo em investigações que tivessem como foco ação contra membros da própria instituição Polícia Militar”, disse a promotora.

O coronel Marcos Paulo Gimenez, de 46 anos, que estava no DOF (Departamento de Operações de fronteira) e já passou pelo Batalhão de Choque, assume o comando em cerimônia que deve ocorrer nesta sexta-feira. “Desejamos paz e prosperidade no percurso de novos caminhos que se iniciam neste momento, deixando-lhe a certeza de sempre poder contar conosco”, finalizou a coordenadora do Gaeco.

Parceria

Gaeco e PM atuaram em conjunto em diversas ações, mas uma das mais emblemática delas foi a Operação Oiketicus, deflagrada em maio de 2018, para desarticular esquema de contrabando de cigarro que contava com a participação de policiais militares. O trabalho teve início em abril de 2017, quando a corregedoria da Polícia Militar denunciou sobre determinada “rede de policiais, maioria da fronteira, envolvidos em crime de corrupção e organização criminosa“. A situação foi confirmada pelos promotores que verificaram a associação de militares, de diferentes patentes e regiões do Estado, para facilitar o contrabando.

Segundo investigação, os policiais recebiam dinheiro em troca de facilitação, inclusive ao prestarem informações aos contrabandistas. Em algumas situações, as fiscalizações sequer eram feitas e as cargas de cigarro contrabandeado “passavam batido”.

Operação

A megaoperação contou com a participação de cerca 125 policiais militares e nove promotores de Justiça. Os mandados tiveram como alvo residências e locais de trabalhos dos investigados, distribuídos nos municípios de Campo Grande, Dourados, Jardim, Bela Vista, Bonito, Naviraí, Maracaju, Três Lagoas, Brasilândia, Mundo Novo, Nova Andradina, Boqueirão, Japorã, Guia Lopes, Ponta Porã e Corumbá.

Todas as cidades fazem parte da chamada ‘rota cigarreira’, que integra rodovias, estradas e cabriteiras usadas para transportar cigarros produzidos no Paraguai e vendidos ilegalmente nas ruas de cidades brasileiras a preços bem menores que os oficiais, por não pagar impostos.

29 policiais foram presos na ocasião, julgados e condenados posteriormente. No entanto, na última sexta-feira (15), sete oficiais da PM foram presos durante a deflagração da Operação Avalanche feita pelo Gaeco, como desdobramento da Oiketicus. A operação cumpriu mandados em de Campo Grande, Coxim, Sidrolândia, Naviraí, Aquidauana e Dourados.

Foram presos durante a operação: tenente-coronel Kleber Haddad Lane, tenente-coronel Josafá Pereira Dominoni, tenente-coronel Wesley Freire de Araújo, do tenente-coronel Carlos da Silva, do major Luiz César de Souza Herculano, tenente-coronel Erivaldo José Duarte, e tenente-coronel Jidevaldo de Souza Lima.

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