Camisetas usadas em apoio ao policial rodoviário federal, Ricardo Hyun Soo Moon, foram permitidas durante o julgamento do policial que acontece nesta quinta-feira (11), em . Com frases de apoio, “Estamos com você Moon”, muitas pessoas puderam entrar no plenário do Fórum usando as camisetas.

Em julgamentos anteriores em que familiares e amigos usavam camisetas de manifestação era proibida a entrada com as roupas, tendo de ser retiradas ou viradas. Já no caso do julgamento do policial a entrada com as camisetas com frases de apoio foi permitida pelo juiz que preside a sessão, Carlos Alberto Garcete. O pedido do uso das camisetas foi feito pela defesa e concedido por Garcete.

No julgamento de Luis Bastos Barbosa, assassino da musicista Mayara Amaral, que foi morta a marteladas em um quarto de motel, em julho de 2017, o uso de camisetas foi proibido pelo juiz que presidiu o julgamento, Aluízio Pereira dos Santos. Luis foi condenado a 27 anos de prisão pelo crime.

O mesmo aconteceu no julgamento de Mayara Fontoura Holsback, que foi assassinada por Roberson Batista em sua casa a tesouradas, em 2017. Neste julgamento, parentes que acompanharam o julgamento foram vestidos com camisetas em protesto e puderam permanecer com as roupas. Garcete era quem presidia esse julgamento.

Nas camisetas usadas pelos policiais, que foram assistir ao julgamento, está escrito, “Estamos com você Moon. Justiça seja feita”. O policial é julgado depois de 2 anos e 4 meses da morte de Adriano Correa. A mãe do empresário bem abalada só disse que espera por Justiça, “Este júri representa muita dor e saudades do Adriano. Tinha de prendê-lo e não mata-lo”.

Moon foi acusado de homicídio qualificado, por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima, e duas tentativas de homicídio com as mesmas qualificadoras. O julgamento deve durar cerca de 11 horas terminando depois das 19 horas desta quinta-feira (11).

Caso Higlanders

Em 2010 a defesa dos policias acusados de fazerem parte de de um grupo de extermínio, “Higlanders” e pela morte de Antonio Carlos da Silva, tiveram o julgamento anulado depois da defesa alegar que o promotor influenciou os jurados ao mostrar uma camiseta com a foto da vítima.

*Matéria editada às 15h47 para correção de informação. 

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