Motoristas de aplicativos protestam contra versão para morte de colega

Aproximadamente 20 motoristas de aplicativos se reuniram na frente da 5º delegacia de Polícia Civil, de Campo Grande, para protestar depois do anúncio da prisão de Igor Cesar de Lima Oliveira, acusado da morte do motorista de aplicativo Rafael Baron, na noite de segunda-feira (13). Um dos colegas de profissão de Rafael que não quis […]

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Aproximadamente 20 motoristas de aplicativos se reuniram na frente da 5º delegacia de Polícia Civil, de Campo Grande, para protestar depois do anúncio da prisão de Igor Cesar de Lima Oliveira, acusado da morte do motorista de aplicativo Rafael Baron, na noite de segunda-feira (13).

Um dos colegas de profissão de Rafael que não quis se identificar contou ao Jornal Midiamax que todos estão muito revoltados com tudo, “Vimos um pai de família ser enterrado por ciúmes”, falou. Um outro motorista contou que todos acham que a mulher de Igor mentiu em seu depoimento, “Achamos que eles tentaram roubar o Rafael, mas não deu certo e inventaram está história”.

Um motorista de 39 anos, que trabalha há seis meses na profissão, contou que durante a noite e a madrugada não é visto viatura policial na rua, “Pedimos mais apoio da polícia”, falou.

Segundo o delegado Meireles, em uma coletiva na última terça (14), o crime terias sido motivado por ciúmes. A jovem, que está grávida, e o marido estavam na Upa (Unidade de Pronto Atendimento) Leblon, quando chamaram um motorista de aplicativo para voltar para casa, um condomínio residencial no Jardim Campo Nobre.

“Ela tinha sofrido um acidente na data anterior, passou mal e foi para a Upa. Ao saírem, chamaram o motorista. O Igor sentou na frente, e ela atrás”, conta Meirelles. Durante o trajeto, Rafael tentou puxar conversa e perguntou sobre uma tipoia que a jovem estava no braço. “Ela falou que tinha sofrido acidente e ele fez uma segunda pergunta”, explica o delegado.

Neste momento, conforme relato da própria esposa, o suspeito não gostou. Foram três perguntas que o motorista teria feito sobre o acidente. “Ela respondeu à pergunta, mas o Igor já fechou a cara e ficou olhando bravo”, diz. Ao chegar no condomínio, Igor teria saído do veículo, às pressas. “A corrida deu oito reais e então, como ela tinha dez, preferiu ir até em casa pegar dinheiro trocado”, relata o delegado.

Rafael foi assassinado com dois tiros, um no pescoço e outro no ombro. Igor já era evadido do sistema penal e tem passagens por roubo. Ele foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, pelo motivo fútil e recurso que dificultou defesa da vítima.

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