Após 1 ano e dez meses, PRF abre processo contra policial que matou em briga de trânsito

Prestes a completar um ano e dez meses do homicídio do empresário Adriano Correia do Nascimento, morto a tiros em Campo Grande na madrugada do dia 31 de dezembro de 2016, a Corregedoria da PRF (Polícia Rodoviária Federal) instaurou processo administrativo disciplinar contra o acusado pelo crime, o policial rodoviário Ricardo Hyun Su Moon. Em […]

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Prestes a completar um ano e dez meses do homicídio do empresário Adriano Correia do Nascimento, morto a tiros em Campo Grande na madrugada do dia 31 de dezembro de 2016, a Corregedoria da PRF (Polícia Rodoviária Federal) instaurou processo administrativo disciplinar contra o acusado pelo crime, o policial rodoviário Ricardo Hyun Su Moon.

Em ofício enviado à 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, onde caminha o inquérito criminal contra Moon, o presidente da sindicância administrativa informa que o processo interno da PRF contra o policial foi instituído somente no dia 2 de outubro deste ano com publicação de portaria no Boletim de Serviço Eletrônico dois dias depois.

No documento, encaminhado no dia 15 de outubro e anexado aos autos nesta terça-feira (23),  a Corregedoria pede empréstimo das provas anexadas no processo criminal para que seja analisada por comissão policial.“Venho à presença de Vossa Excelência requerer que seja concedida prova emprestada de todo o conteúdo dos autos do processo criminal em que figura como réu Ricardo Moon, policial rodoviário federal acusado nos autos do processo administrativo disciplinar”, solicita.

Por causa do horário avançado não conseguimos contato com a assessoria de comunicação da Corregedoria da PRF para saber o porquê sindicância contra Moon foi aberta somente um ano e dez meses depois do caso.

O caso

Ricardo Sun Moon passou de policial a réu na madrugada do dia 31 de dezembro de 2016, quando se envolveu em uma confusão no trânsito, e atirou contra Adriano e as outras duas pessoas que estavam com ele no carro, Agnaldo Espinosa da Silva e o enteado de 17 anos. O empresário morreu na hora. Moon alegou legítima defesa, versão que não prosperou nem no inquérito da Polícia Civil nem na análise do Ministério Público Estadual.

Uma reconstituição com todos os envolvidos e também testemunhas foi realizado no dia 11 de janeiro de 2017. Na data, Moon estava preso em virtude a um mandado de prisão preventiva, mas no dia 1º de fevereiro, ele ganhou a liberdade.

Duas audiências já foram realizadas e Moon ouvido. Em depoimento ele mantém a versão de que seria atropelado e só por isso atirou no empresário. O policial também afirma que se apresentou como policial e que estava com a ‘vestimenta sereia’, ou seja, metade fardado e metade à paisana, é um procedimento de praxe na corporação.

A suposta invasão do prédio da Coordenadoria Geral de Perícias e falsificação de provas também são investigadas no processo da morte de Adriano. O achado de dois maçaricos, parecidos com armas de fogo, dentro da caminhonete Toyota Hilux do empresário, dias depois da perícia feita no veículo, levantou as suspeitas e resultou em nova investigação. A justiça chegou a pedir a quebra de sigilo telefônico da perita responsável pelo caso para esclarecer os fatos.

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