‘Não contamina corporação’, diz secretário sobre PMs presos por cobrar propina
Sete policiais estão presos suspeitos de envolvimento com ‘Máfia do Cigarro’
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Sete policiais estão presos suspeitos de envolvimento com ‘Máfia do Cigarro’
O secretário estadual de Segurança, José Carlos Barbosa, o Barbosinha, considera que dois policiais militares serem flagrados cobrando propina de R$ 150 mil para liberar carga de cigarros contrabandeados e outros cinco presos suspeitos de envolvimento na ‘Máfia do Cigarro’ são casos isolados e não afetam o restante da corporação.
“É impossível você imaginar numa estrutura que tenha 11 mil homens que não tenha um ou outro que possa se desviar. O problema não está no desvio, está na investigação e na punição, mas a polícia corta na carne quando é necessário”, disse Barbosinha, durante solenidade na manhã desta sexta-feira (8). “O fato de um ou outro ter desvio não contamina o restante da corporação, tanto que afirmo que Mato Grosso do Sul tem a melhor corporação do Brasil”.
No dia 2 de dezembro, uma denúncia levou à prisão de dois policiais militares em Campo Grande, pela suspeita da cobrança de R$ 150 mil para a liberação de um caminhão com carga de cigarros contrabandeados do Paraguai. Eles foram autuados em flagrante por policiais militares, equipes do Batalhão de Choque e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
Durante esta semana, investigação da Polícia Militar prendeu mais cinco militares suspeitos de envolvimento na ‘Máfia do Cigarro’, que tiveram os mandados expedidos em desdobramento das investigações referentes às detenções dos outros dois policiais por cobrança de propina.
Mesmo considerando a PM sul-mato-grossense a melhor do país, Barbosinha reconhece que é difícil ter controle total da corporação. “Isso não significa que seja uma polícia 100% pura, como acontece em qualquer atividade da vida humana”, afirma.
O titular da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública é cauteloso ao tratar de uma possível expulsão dos policiais presos. “Agora depende da investigação. O fato de ser policial militar também garante o instituto da ampla defesa. Após concluída, e comprovada a culpabilidade, pode ser que uma das consequências seja o afastamento das forças de segurança”, conclui Barbosinha.
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