Estupro: religioso e discípulo alegavam que ‘purificavam’ vítimas com maldição

Crime aconteceu em dezembro de 2016

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Crime aconteceu em dezembro de 2016

O líder religioso, Marcos Vínicius Borges Ferreira, de 28 anos, e o discípulo Newton Alexandre Barbosa, de 21 anos, que foram presos em dezembro de 2016, em Coxim, distante 253 quilômetros de Campo Grande, pelo estupro de pelo menos cinco crianças, foram acusados de mais dois crimes.

Eles teriam estuprado um adolescente, de 17 anos, e um jovem, de 21 anos. A delegada que cuida do caso, Silvia Eliane Girardi, disse que em depoimento as vítimas contaram que os autores afirmaram que os órgãos genitais delas tinham ‘maldição do passado’ e precisavam ser ‘purificadas’ com óleo ungido.

Depois da purificação, as vítimas eram submetidas à conjunção carnal, com o líder e o discípulo, que segundo informações do site Edição de Notícias formavam um casal. Eles foram presos, no dia 23 de dezembro, e a delegada irá pedir a prisão preventiva dos acusados.

Relembre o caso

No dia 23 de dezembro de 2016, o líder religioso Marcos Vínicius Borges Ferreira, de 28 anos, e o discípulo Newton Alexandre Barbosa, de 21 anos, foram presos acusado do estupro de pelo menos cinco crianças.

Para convencer as vítimas, eles diziam que os atos seriam para “purificação” e ameaçavam que se contassem aos familiares, sofreriam “maldições”, como acidentes, por exemplo.  

Uma mulher procurou a delegacia para denunciar a dupla que supostamente estava abusando de seus quatro filhos, um jovem de 18 anos, uma menina de 5 anos, e outros dois meninos de 3 e 1 ano.

Ela explicou à polícia, que há algum tempo, o líder e o discípulo alegaram que não tinham onde morar e pediram abrigo em sua residência. Por serem membros da igreja, a mulher disse que não tinha suspeitas e deixou que eles morassem na sua casa. A suspeita só aconteceu no último domingo (18), quando o filho mais velho relatou que não aguentava mais apanhar da dupla.

Os abusos já duravam pelo menos três anos e tiveram início ante mesmo deles morarem na casa. Depois da mudança, os abusos se tornaram mais constantes, conforme o relato do rapaz. Ao ouvir o relato do filho, a mãe exigiu que os membros da igreja deixassem a casa.

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