Boate nega briga antes de acidente em que menina de 15 anos morreu

Outras duas jovens ficaram feridas 

A briga que teria resultado em uma perseguição ao carro em que estava a adolescente Izabela da Silva, de 15 anos, encontrada morta na madrugada deste domingo (15), não teria acontecido dentro da boate em que ela e outros seis amigos estavam. Esse é o posicionamento da administração da casa de shows Macalé, para a equipe do Jornal Midiamax.

A adolescente, duas amigas de 20 e 17 anos e outros quatro rapazes estavam em um Chevrolet Monza que caiu em um córrego do Jardim Oliveira, depois de ser perseguido e atingido por vários disparos de arma de fogo durante a madrugada.

A causa seria uma briga entre os rapazes que estavam no carro e outro suspeito dentro da casa de show. A versão é contestada pela administração do Macalé, que afirma que não houve nenhum tipo de briga no local e que o grupo deixou a casa sem se envolverem em nenhuma confusão.

Procurado pela reportagem, um dos responsáveis pela boate relatou que as três meninas não chegaram a entrar na casa e que encontraram os rapazes na saída, o que aconteceu por volta das 2 horas. Testemunhas teriam relatado que as meninas pediram carona aos conhecidos e que um deles teria respondido ‘que iam para casa pegar ferro e meter fogo nos caras’.

Como não houve registro de briga, o responsável acredita que os rapazes encontraram algum desafeto no local, mas reforçou que o acidente aconteceu longe do endereço e cerca de duas horas depois que o grupo deixou a boate.

O caso

O acidente aconteceu no cruzamento entre a Avenida Prefeito Lúdio Martins Coelho e a Rua Petropólis. O condutor do carro teria perdido o controle da direção enquanto tentava fugir do autor dos disparos e caiu no córrego. Na lateral esquerda do carro foram encontradas marcas de tiros e muito sangue no capô do veículo.

O caso é investigado pela Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Piratininga. No local, a nossa reportagem conversou com a mãe da adolescente, que estava muito abalada. Sem se identificar, ela disse apenas que não sabia que a filha iria para uma boate, pois Izabela tinha dito que iria tomar tereré na casa de uma amiga, local este que frequentava sempre.