Quadrilha invade oficina e tenta incediar Hummer blindado em que Rafaat foi morto

Carro passava por reparos; segurança do local trocou tiros com invasores

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Carro passava por reparos; segurança do local trocou tiros com invasores

Quatro pessoas, ainda não identificadas, invadiram uma oficina mecânica na tentativa de incendiar o Hummer blindado em que Jorge Rafaat Toumani, apontado como líder do tráfico na fronteira, foi executado em atentado no dia 15 de junho deste ano. A quadrilha chegou a trocar tiros com o segurança do local e três tambores contendo nafta foram abandonados.

O fato ocorreu por volta das 2h30 deste sábado (3), e conforme o Porã News, a oficina Alvaro Car S: A, fica localizada em Dr. Fernando de La Mora, no Paraguai. 

O segurança, de 43 anos, disse à polícia paraguaia, que após ouvir barulhos decidiu ver o que acontecia quando flagrou os quatro criminosos ao redor da Hummer, que começaram a atirar e fugiram em seguida. No local, abandonaram uma Van que foi danificada pelos disparos e três tambores de plástico contendo nafta.

De acordo com a perícia, o carro blindado que passava por reparos foi atingido por quatro disparos, aparentemente de uma pistola de 9 milímetros. Um quinto tiro atingiu a parede da oficina. Sobre os tambores, constataram que dois acomodavam quatro litros do líquido inflamável e o terceiro gasolina.

EXECUÇÃO

Por volta das 19 horas do dia 15 de junho, ao sair de seu escritório na cidade Paraguai, Jorge Rafaat Toumani foi atacado por um grupo de pessoas armadas com fuzis AK 47, Mag antiaérea e metralhadoras. Os suspeitos estariam em três veículos.

No local, além de centenas de capsulas de projéteis, a polícia também encontrou armas de grosso calibre, tais como fuzis e 50, todos de posse militar, que furaram a blindagem do Jipe Hummer, do mesmo modelo utilizado pelo exército dos Estados Unidos. Vários outros ficaram feridos, dentre eles um policial identificado como Jorge Espindola.

A violenta execução do brasileiro Jorge Rafaat Tounami, o Rei da Fronteira, no dia 15 de junho, foi ordenada por um rival preso no Paraguai que ele pretendia extraditar para o Brasil, conforme o senador paraguaio Robert Acevedo. A afirmação reforça a suspeita de que Jarvis Chimenes Pavão seria o responsável pelo crime.

No último dia, 24 de novembro, o juiz federal Odilon de Oliveira decidiu absolver Jarvis Chimenes Pavão, narcotraficante brasileiro atualmente preso no Paraguai, em processo que responde pelo crime de lavagem de dinheiro. A informação foi confirmada pela 3ª Vara Federal de Campo Grande, na qual Odilon é o juiz titular. 

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