Perícia confirma que carro incendiado na fronteira é de Alceu Bueno

A  Land Rover estava sem placas

A perícia confirmou nesta tarde que o veículo encontrado carbonizado em Ponta Porã, a 313 quilômetros de Campo Grande, pertence ao ex-vereador Alceu Bueno, assassinado na noite de terça-feira (19). A Land Rover Freelander foi localizada na manhã desta sexta-feira (23) por policiais civis da cidade.

O veículo foi encontrado completamente destruído e sem as placas. A perícia foi acionada e ao verificar o chassi percebeu que o sequencial dos números também foi danificado. Foi necessário então um novo exame pericial, que confirmou que a Land Rover foi à mesma usada pelos bandidos para abandonar o corpo do ex-vereador no Jardim Veraneio.

Na quinta-feira (22) o delegado-geral da Polícia Civil, Marcelo Vargas, reforçou a suspeita da viagem para a fronteira, explicando que o local onde o corpo do ex-vereador foi deixado mostra a ‘logística’ dos autores. O bairro fica perto do anel viário, que dá acesso à BR-163, um dos caminhos possíveis para a fronteira do Brasil com o Paraguai.

Motivação

O Garras (Delegacia de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) trabalha com várias linhas de investigação sobre o crime. Segundo Edilson, nenhuma informação apurada pela polícia, em relação à motivação do assassinato, será divulgada para não atrapalhar nas investigações.

O fato de o corpo ter sido queimado, segundo as informações da Polícia Civil já divulgadas, é um dos maiores pontos de interrogação. Normalmente, casos assim envolvem queima de arquivo, ou seja, o assassinato para evitar que a vítima revele informações que saiba sobre algum crime, mas a polícia ainda não confirma que trabalha nessa linha.

Imagens captadas por câmeras de segurança estão sendo usadas como parte das investigações. Em uma delas, foi possível ver dois homens incendiando o corpo e deixando o local no carro do ex-vereador.

De acordo com o que já informou o delegado Edilson dos Santos também seria solicitada a quebra do sigilo telefônico de Alceu Bueno, para verificar com quem foram seus últimos contatos.

A família de Alceu, morto aos 55 anos, falou com ele pela última vez, segundo divulgado, na terça-feira às 21h30, depois que ele saiu do depósito de material de construção do qual era dono. Na manhã seguinte, o corpo foi encontrado, carbonizado, e a identificação ocorreu no fim da tarde, por meio das digitais, captadas de uma das mãos, uma das poucas partes preservadas.