Facilidade na compra de distintivo é investigada após prisão de ‘falso policial’
Ele também fez camiseta da Polícia Civil
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Ele também fez camiseta da Polícia Civil
A Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos) investigará a facilidade na compra de acessórios similares aos da Polícia Civil em Campo Grande. Na segunda-feira (27), Paulo César Vargas de Matos, de 29 anos, foi preso usando camiseta com símbolo da Polícia Civil, distintivo falso e arma de pressão, semelhante a uma pistola.
De acordo com o delegado Reginaldo Salomão, da Derf, logo após a prisão de Paulo uma investigadora da Polícia Civil de Campo Grande relatou que o pai foi assaltado em 2014 por um homem e uma mulher, vestidos de policiais civis. Após receber a foto de Paulo, ela afirma que o pai o reconheceu como o autor do crime.
Com a denúncia, a Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), responsável pela prisão de Paulo, entrou em contato com a Derf e investigadores foram até a casa do suspeito para analisar os fatos. No local, os policiais conversaram com a família do homem e o delegado Reginaldo Salomão foi informado de que Paulo tem uma doença que provoca perda de memória.
Segundo a família de Paulo, ele desenvolveu a doença por conta da epilepsia e, quando tem crises, fica desnorteado, perde o controle e é como se a memória dele apagasse. O rapaz é dono de empresas que passam por um momento de crise e também negocia uma pensão do filho que teve no primeiro casamento. A família acredita que ele possa ter tido um surto e pensado em cometer o assalto.
A polícia confirmou que Paulo não tem passagens. Ele ainda revelou que tem amor à profissão de policial civil e já tentou prestar concursos, mas não conseguiu ingressar na carreira. Ele também disse que, por tal afeição à categoria comprou distintivo policial e mandou fazer uma camiseta semelhante ao uniforme dos civis.
Distintivo falso
De acordo com o delegado Salomão, a delegacia investigará como foi feita a compra do distintivo por parte de Paulo e porque há facilidade em adquirir o acessório. Segundo relato do rapaz, o distintivo foi comprado em uma loja de artigos militares e não foi pedido qualquer documento que comprovasse a profissão.
Além disso, o uniforme usado pelo rapaz foi reconhecido pelo investigador que fez a prisão por conta do símbolo ser menor do que o original e também por ter o sobrenome de Paulo escrito, mas para outras pessoas poderia passar como uma camiseta da Polícia Civil.
Também segundo o delegado, há uma luta nacional para que armas de pressão como a de Paulo, que foi comprada em uma loja de artigos de pesca, tenham uma cor diferente que as diferencie das armas de fogo usadas pela polícia. Conforme Salomão, a arma é bastante parecida com uma pistola.
Por fim, o delegado deve seguir com as investigações, mas afirma que há grande possibilidade de Paulo não ser autor de outros roubos. Ele foi preso por tentativa de roubo e deve ser ouvido novamente pela Polícia Civil.
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