Cliente acha larva em enroladinho, denuncia e rede de restaurantes é vistoriada
Para o diretor da empresa o caso é obscuro
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Para o diretor da empresa o caso é obscuro
Depois de comer parte de um enroladinho de salsicha cheio de larvas, uma consumidora de 28 anos procurou a Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) no início da tarde desta quarta-feira (3) para denunciar um restaurante da rede Pastel D’ouro, uma das mais antigas em Campo Grande.
Segundo o registro policial, a mulher foi até o estabelecimento que fica na Rua 14 de Julho e pediu o salgado. Quando já estava terminando de comer o enroladinho, percebeu que havia algo errado e encontrou várias larvas dentro do salgado.
No relato da vítima, ela conta que chamou a gerente do comércio, que viu as larvas e ainda buscou a embalagem de onde o enroladinho foi retirado, já que os salgados não são produzidos no local. A cliente alega que na embalagem constava que os alimentos haviam sido fabricados no dia 11/01/2016 e tinha validade até 11/03/2016.
Ainda assim, segundo a mulher, a funcionária não verificou os salgados do pacote e nem os que estavam expostos para vender. Depois da denúncia, equipe da Decon e da Vigilância Sanitária foram até a loja e também até a cozinha industrial da Pastel D’ouro para fiscalizar o processo de produção.
Conforme o delegado Elton de Campos Galindo, titular da delegacia, ainda não há informações sobre a fiscalização, mas o caso está sendo investigado. O boletim de ocorrência foi registrado como vender, ter em deposito para vender ou expor a venda ou, de qualquer forma, entregar matéria-prima ou mercadoria, em condições impróprias ao consumo.
Versão oficial
Em entrevista ao Jornal Midiamax, o diretor da cozinha industrial da empresa, Renato Gregue Junior, afirmou que se surpreendeu com o caso, já que em 20 anos de empresa é a primeira vez que algo parecido acontece.
Ainda assim, o responsável explicou que a produção dos salgados é vistoriada por um nutricionista técnica e que depois de prontos e embalados, os produtos são distribuídos em veículos refrigerados para as 14 franquias da marca. “Não tenho a intenção de julgar, mas existe uma grande possibilidade de haver segundas intenções neste caso”, defendeu Renato.
“Nós não vimos o que aconteceu e tudo isso é uma situação muito obscura. Não quero desconstruir o fato, mas acha muito pouco provável que isso tenha acontecido com o salgado deste cliente, que era de massa e salsinha. Se tivesse tomate ou molho é mais fácil acontecer”, defendeu Renato.
O homem ainda relatou que durante a vistoria da vigilância sanitária, os agentes não relataram nenhuma irregularidade. A equipe recolheu salgados do mesmo lote de fabricação nas duas lojas vistoriadas e informaram que os produtos irão passar por análise microbiológica e macrobiológica. Ainda segundo o diretor, não há data para a entrega dos resultados.
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