Ao prometer não denunciar primeira vez, menina é abusada por 4 anos

O próprio avô cometia os abusos 

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O próprio avô cometia os abusos 

Em 2013, uma menina procurou a mãe pela primeira vez para contar que o avô paterno tinha ‘mexido’ com ela. A mãe, pressionada pelos pedidos da família, optou por não denunciar o caso. Quatro anos depois, após descobrir que a filha continuava a ser abusada, a mulher resolver quebrar o silêncio e procurar a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) e o caso foi encaminhado à Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança). 

Na início do mês, a mulher de 35 anos foi até a Deam para denunciar o sogro por estupro de vulnerável. Ela contou que em 2013 a filha, que na época morava com o autor, afirmou que o avô teria abusado dela.

Como familiares pediram para ela não levar a história para a polícia e a filha não deu detalhes do que aconteceu, a mulher permaneceu calada. Quatro anos depois, com a vítima casada e com 17 anos, o histórico de abusos veio à tona depois de uma ligação da sogra da menina.

Por telefone a mulher pediu para conversar com a mãe da menina. Imediatamente ela se lembrou do caso e voltou a falar com a filha sobre o assunto. Desta vez a jovem afirmou que por todos esses ano foi abusada pelo avô, hoje com 64 anos, e que tinha os pais ameaçados de morte para não contar o que sofria.

Para a mãe, a menina detalhou que o homem passava a mão no corpo dela e a obrigava a fazer o mesmo, e que na última vez que foi abusada, o avô a levou para um posto de combustível, sempre falando que esperava a menina completar 18 anos para irem a um motel.

O caso foi encaminhado para a Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) que agora investiga o caso. “Para a mãe, a menina alegou que não houve conjunção carnal, mas vamos ouvir a adolescente para entender detalhes do que realmente aconteceu”, explicou o delegado Paulo Sérgio Lauretto, titular da especializada. 

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