O material foi banido do Brasil pela Anvisa

Os seis agentes penitenciários que atuam no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande e foram internados no dia 20 de abril depois de apresentarem quadro de intoxicação foram envenenados com carbofurano, popularmente conhecido como chumbinho, confirma o laudo da perícia.

Feito de agrotóxicos, o chumbinho é de uso exclusivo da lavoura, mas é desviado do campo para as cidades e comercializados ilegalmente como raticida. O material é considerado ilegal por ter sido banido do Brasil pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

A suspeita é de que detentos tenham colocado o chumbinho na garrafa do café que era consumido pelos agentes penitenciários já que após o consumo da bebida seis deles precisaram ser levados para o hospital por apresentaram quadro de intoxicação. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) socorreu as vítimas, que foram levadas para o El Kadri e Santa Casa.

Na época o Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de MS) informou que os presos trabalham no presídio para diminuírem a pena, por isso alguns acabam tendo contato com a cozinha, enfermaria, entre outros locais. Dois detentos, responsáveis por deixarem o café na passarela, foram interrogados.

A categoria chegou a paralisar as atividades reivindicando mais segurança. No dia 25 de abril agentes penitenciários que atuam no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande paralisaram as atividades de rotina e, desde então, agentes que atuam em cidades do interior do Estado também aderiram ao protesto. Em três dias o movimento atingiu 9 cidades.