Agentes penitenciários estariam em lista de ‘ordem de execução’ do PCC

Em Campo Grande

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No início da semana, ao menos 5 ocorrências foram registradas em presídios de Mato Grosso do Sul. Uma agente penitenciária foi feita refém, dois agentes foram ameaçados de morte, um túnel que daria fuga a mais de 100 presos foi descoberto e uma servidora agredida por uma detenta. Por fim, foi revelada uma ‘ordem de execução’ a agentes da Capital, feita por uma facção criminosa.

De domingo para terça-feira, ao menos 5 registros foram feitos envolvendo presídios de MS e agentes penitenciários. “Já demos a ordem! Vai morrer! Quem manda aqui é o Primeiro Comando”, foi a ameaça ouvida por um agente da Máxima. Após o fato, foi revelada uma ordem de execução do PCC em que aparecem nomes de agentes que trabalham em Campo Grande.

Os agentes penitenciários tem o porte de arma, mas não para usarem armamento dentro do presídio. “Enfrentando a criminalidade com um apito na mão”, diz o presidente. Para André Luiz Santiago, presidente do Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária), a medida emergencial correta seria um curso de formação para os agentes que já atuam no presídio, uma capacitação para que eles possam trabalhar armados, já que desde dezembro de 2015 foram submetidos a trabalharem na escolta e na muralha, serviço hoje feito pela Polícia Militar.

Ainda conforme o presidente do Sinsap, seria necessária a contratação de todos aprovados no concurso para suprir a demanda. Houve ampliação de vagas em ao menos 8 cidades do Estado, além dos presídios que são construídos em Campo Grande, na Gameleira. Sobre os recentes ataques, Santiago pontua que o Estado deve estar ciente que a criminalidade tem criado força perante a Segurança Pública em MS. “Queremos ações mais rápidas do Governo, que garantam a vida do servidor”.

Do concurso recente para agentes penitenciários no Estado, 438 pessoas serão chamadas, das aproximadamente 1.200 aprovadas. “Quando o Governo fez o acordo, pedimos 1,7 mil servidores e nos concederam 438. Hoje, precisamos de muito mais”, revela Santiago.

Conforme Santiago, com os novos agentes contratados, a média de 1 agente para cada 162 presos na área de segurança e custódia mudará para 1 agente a cada 122 presos. O ideal seria 1 agente para cada 5 presos.

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