Polícia ja achou remédios de carga roubada em 47 empresas de MS
45 farmácias e duas distribuidoras tinham parte da carga
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45 farmácias e duas distribuidoras tinham parte da carga
A titular da Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado), Ana Cláudia Medina, informou na tarde desta segunda-feira (22), que parte da carga roubada em Pouso Alegre, Minas Gerais, foi encontrada em 45 farmácias e duas distribuidoras de medicamentos de Mato Grosso do Sul.
“Em janeiro deste ano, uma carga de Selozok que continha 51.414 caixas de medicamentos, 8 mil destas, deveriam ser encaminhadas para o SUS (Sistema Único de Saúde) de Minas Gerais foram roubadas, porém em março, este mesmo medicamento começou a aparecer aqui no Estado. Toda a carga foi avaliada em R$ 1,4 milhão”, explica.
Em dois dias da Operação Pharmacus, que contou com o apoio da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes contra as Relações de Consumo) e da Vigilância Sanitária Municipal, foram apreendidos em 47 locais fiscalizados 1.040 medicamentos.
“O local em que houve uma maior concentração dos remédios foi na Medicar Dim, inclusive eles fizeram a distribuição para outros locais como distribuidoras e farmácias”, disse a delegada.
“Este procedimento é irregular, uma vez, que as distribuidoras têm que comprar diretamente de laboratórios e não de outras distribuidoras e por este motivo o local foi interditado”, ressaltou Renata Rodrigues, chefe de serviço da fiscalização de medicamentos da Vigilância Sanitária Municipal.
Outro erro descoberto na transação é que o valor do produto comercializado entre as distribuidoras tem um valor abaixo do mercado, sendo de 16% e 17% abaixo do mercado. “Por mais que as empresas compravam este medicamento com preço abaixo, este desconto não era repassado para o consumidor”, frisa o titular da Decon, Elton de Campos Galindo.
Com isso, a Medicar Dim vai responder pelo crime de receptação dolosa, com intenção, e os demais locais por receptação culposa, pois não houve a intenção.
Apreensões
Os medicamentos foram apreendidos na Operação Pharmacus com as notas fiscais, que diziam que vinham de outra distribuidora do Espírito Santo, que também é uma filial da Medicar Dim, instalada em Campo Grande há poucos meses e conseguiu o alvará para trabalhar com medicamentos.
Já a distribuidora localizada do sul do país, conseguiu o alvará em outubro do ano passado. E ela teria comprado os remédios de outra distribuidora da cidade de Mogi Mirim, no interior de São Paulo.
“Se estas notas são regulares ou não, a investigação continua, assim como para saber onde estão os demais medicamentos roubados. Alerto as farmácias que verifiquem no site da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a compra de medicamentos, para que o estabelecimento não saia prejudicado. Ali,eles têm acesso para saber dos lotes”, alerta Medina.
Renata também afirmou que os medicamentos não causam mal à saúde. “Ele é um remédio contínuo para quem tenha problema cardíaco, quem o comprou, por consumir, pois não há alteração na fórmula, a procedência que ele chegou até o balcão de venda e que foi deturpada”.
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