Mãe reclama de falta de insulina e fita de medir glicose em centro municipal

Ela já gastou R$ 200 com medicamento que não dura 5 dias

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Ela já gastou R$ 200 com medicamento que não dura 5 dias

Crianças que precisam de tratamento diário contra a diabetes tipo 1 estão passando dificuldades nos últimos dias. É que estão faltando insulina e fita de medir glicose em Campo Grande. Valeska Garcia Martinez tem uma filha de 16 anos que precisa de tratamento que, segundo ela, desde quinta-feira (3) não está sendo fornecido.

“A insulina é necessária para a sobrevivência, que devido a diabetes tipo 1 (insulinodependente) não produz em seu corpo e necessita para absorver a glicose (que é o combustível do cérebro). As fitas de glicose são usadas para medir a taxa de glicose que pode variar muito neste tipo de tratamento, pois tanto pode ficar alta (hiperglicemia), como baixa (hipoglicemia)”, disse Valeska.

Segundo ela, estão faltando insulina rápida e fita de medir a glicose, serviço que deve ser fornecido pela Prefeitura de Campo Grande. “O programa infanto juvenil de diabetes tipo 1 atende mais de 250 crianças portadoras deste tipo de doença. Sem as fitas não há como saber se a criança necessita aplicar insulina para baixar a taxa (que pode causar coma por cetoacidose) ou se precisa ingerir carboidrato, para aumentá-la (que também pode levar ao coma e até a morte”, explica.

A filha de Valeska foi diagnosticada com diabetes tipo 1 aos 10 anos de idade e, desde então, precisa de tratamento diário. Ela foi quinta-feira passada no CEI (Centro de Especialidades Infantil), que fica na Casa da Saúde, buscar insulina e fitas, mas segundo a atendente da farmácia, não tinha os produtos e a previsão era de entrega na sexta-feira (11).

De acordo com Valeska, uma caixa com 50 fitinhas custa cerca de R$ 90,00, e dura 10 dias e a caneta de insulina rápida custou mais de R$ 100,00, e dura cerca de 5 dias.

“Eu ainda consegui fazer empréstimo para comprar a insulina e as fitas adesivas. Mas, há outras crianças que são muito carentes, tem pais que nem devem estar medindo a glicose das crianças”, explica.

A equipe de reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com a Prefeitura, mas até o fechamento desta matéria não obteve resposta sobre o serviço e quando será retomado. 

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