Guarda municipal que matou jovem em briga de bar se apresenta à polícia

A prisão preventiva já foi decretada pela justiça

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A prisão preventiva já foi decretada pela justiça

O guarda civil municipal Fábio Augusto da Silva Souza, apontado por testemunhas e pela polícia como o assassino de Felipe Cardoso da Silva, de 23 anos, em uma confusão em um bar no Conjunto Aero Rancho, se apresentou à polícia na noite de segunda-feira (5). Ele presta depoimento na manhã desta terça-feira (6).

De acordo com o delegado titular da 5ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, João Reis Belo, responsável pelo caso, o guarda se apresentou no início da noite de quinta-feira, 4 dias após o crime. Ele teve prisão preventiva por homicídio simples decretada na sexta-feira (2), pelo juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, da comarca de Campo Grande.

Relembre o caso

Segundo testemunhas, na data Fábio fazia aniversário e estava de folga, mas ainda assim resolver ir até a base da GCM (Guarda Civil Municipal), localizada na Avenida Ernesto Geisel. Lá ele convidou um colega para ir comprar bebidas em um bar.

Assim que chegou ao local, os guardas encontraram um desafeto de Souza, fato que deu inicio a uma briga generalizada. Após a confusão, Fábio voltou para a Base da GCM e convenceu outro colega, identificado como Emerson Pecorari da Silva, de 32 anos, a ir ao bar para ‘dar um susto nas pessoas’. Emerson, que estava de serviço, emprestou uma pistola para o amigo.

Fábio voltou ao bar e disparou várias vezes. Os tiros atingiram Felipe, que não tinha nada a ver com a confusão e morreu no local. Emerson voltou para a base, onde foi preso, mas na sexta-feira conseguiu liberdade provisória.

Cargo de confiança

Desde o dia 1º de setembro Fábio assumiu um cargo de confiança na Semad (Secretária Municipal de Administração). De acordo com o Diário Oficial do Município, Fábio exerce a função de ‘supervisor de processo’.

O suspeito e outros dois servidores foram designados para funções de confiança na administração municipal, com um salário-base de R$ 2.600. Além disso, ele foi um dos 220 guardas municipais considerados aptos para a Concessão do Porte de Arma de Fogo pela Secretaria Municipal de Segurança Pública de Campo Grande, no dia 12 de agosto deste ano.

“Ele achava que podia mais que os outros. Na primeira vez que o Bernal assumiu ele fez parte do Serviço Reservado da Guarda Civil Municipal. Agora com o retorno do prefeito ele atuava como motorista do Secretário de Segurança”, afirma um companheiro de farda de Fábio, que preferiu não se identificar, para a equipe do Jornal Midiamax.

Com a atual função, Fábio trabalhava apenas durante o dia e às noite ficava de folga. “Como ele tem essa ligação direta com os chefes, todo mundo quer estar bem com ele. Certamente foi por isto que os outros dois foram ao bar com ele e acabaram se envolvendo na confusão”, revelou o colega.

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