Carros que patrão entregou a ex-empregado sob ameaça não são do Governo

Houve desentendimento no registro do boletim de ocorrência

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Houve desentendimento no registro do boletim de ocorrência

Os três carros entregues pelo empresário de 34 anos na tarde de terça-feira (8), a quatro sequestradores, pertenceriam à construtora da vítima, e não ao Governo, como informado anteriormente. Em conversa com um amigo do homem e funcionário da empresa, houve desentendimento na hora do registro do boletim de ocorrência.

A equipe do Jornal Midiamax entrou em contato com a vítima, que não conseguiu falar pois estava muito nervosa com a situação. Um amigo e funcionário da empresa conversou com a equipe de reportagem e informou que os fatos noticiados da tentativa de sequestro são verídicos. De acordo com ele, o ex-funcionário e suspeito de cometer o crime, Luis Fernando, era também amigo pessoal da vítima.

Além disso, o amigo do empresário informou que a negociação com os quatro suspeitos começou por volta das 10 horas de terça-feira e foi até por volta das 15 horas. Os veículos foram buscados pelos bandidos na empresa e um dos carros que estava com a vítima, no estacionamento do Shopping Campo Grande, foi levado do local.

A princípio, a informação que consta no boletim de ocorrência é de que os veículos são oficiais, pertencentes ao Governo de MS, mas foi informado pelo amigo da vítima que os carros são da empresa. Além disso, alguns funcionários chegaram a relatar que sofrem problemas com pagamentos atrasados, mas a empresa informou ao Midiamax que o isso já foi resolvido.

Relembre o caso

Segundo informações do boletim de ocorrência, registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga, o empresário recebeu ligação na terça-feira, de um desconhecido, dizendo que queria resolver um problema relacionado a Luis Fernando, ex-funcionário, e marcou encontro no Shopping Campo Grande.

O homem, de 34 anos, foi até o local marcado, onde encontrou Luis acompanhado de outros três rapazes. O ex-funcionário então disse que o empresário estava sendo sequestrado e que a família dele, moradora do Paraná, também estava nas mãos dos bandidos. Conforme relato do ex-chefe, Luis o acusou de estar devendo R$ 45 mil e que deveria pagar o valor para ser liberado e ter a família também liberada pelos suspeitos.

Consta no registro policial que o empresário disse que não tinha qualquer dívida com o ex-funcionário, momento em que eles disseram que não sairiam do shopping sem receberem o valor e que há quatro dias vigiavam a casa e a empresa do homem. Os suspeitos ainda teriam dito ao empresário que havia uma pessoa na frente da casa dele e outra também na frente da construtora da qual é dono.

De acordo com a vítima, temendo pela própria vida e da família, entregou os três veículos. Foram entregues dois veículos Gol, brancos, placas HTD-3778 e HTN-1615 de Campo Grande (MS), além da Saveiro branca, placas APP-0455 de Campo Grande (MS). Além dos veículos, o empresário também deu R$ 850 aos suspeitos, que disseram que precisariam do valor para pagarem hotel, combustível e alimentação.

Sequestradores

Conforme relato da vítima, Luis Fernando estava de camisa xadrez, é moreno, estatura média. Outro suspeito era alto, tinha barba, aproximadamente 30 anos e usava boné, o terceiro era baixo, moreno e tinha tatuagem no pescoço e o quarto bandido tinha estatura média, também moreno, um pouco acima do peso e tinha tatuagem no antebraço com o nome ‘Eduarda’.

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