Polícia vai ouvir técnicas de enfermagem em investigação sobre mortes na Santa Casa

A 1ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande continua investigando os três casos de pacientes que morreram e uma paciente que teve reação ao tratamento de quimioterapia realizado na Santa Casa de Campo Grande. De acordo com a delegada Ana Claudia Medina, responsável pelos inquéritos, os próximos a serem ouvidos serão as técnicas de […]

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A 1ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande continua investigando os três casos de pacientes que morreram e uma paciente que teve reação ao tratamento de quimioterapia realizado na Santa Casa de Campo Grande.

De acordo com a delegada Ana Claudia Medina, responsável pelos inquéritos, os próximos a serem ouvidos serão as técnicas de enfermagem da empresa que prestava o serviço de oncologia à Santa Casa e alguns pacientes do setor, que realizaram tratamento no mesmo período que as vítimas.

Na última quinta-feira (25), Margarida Isabel de Oliveira, de 71 anos, que passou pelo tratamento de quimioterapia e teve graves reações, prestou depoimento à polícia. O filho dela contou que a idosa tem se recuperado, apesar de não estar mais fazendo o tratamento.

As investigações começaram após as mortes das pacientes da quimioterapia da Santa Casa Carmen Insfran Bernard, de 48 anos, no dia 10 de julho, Norotilde Araújo Greco, de 72 anos, no dia seguinte e Maria Glória Guimarães, 61 anos, no dia 12 de julho. Elas receberam a medicação entre os dias 23 e 28 de junho.

Além dos depoimentos de médicos, de uma enfermeira e de farmacêuticos que trabalhavam no setor de quimioterapia, foi realizada a exumação dos corpos para análises periciais e também a reprodução simulada do processo realizado pelo farmacêutico responsável pela infusão do medicamento nas pacientes.

Investigações

A delegada já ouviu os depoimentos dos médicos José Maria Ascenço e Henrique Guesser Ascenço, responsáveis pela clínica que realizava a manipulação da fórmula aplicada nos pacientes em tratamento da quimioterapia na Santa Casa. Também foram ouvidas uma farmacêutica e uma enfermeira, que por vezes, também realizava manipulação das fórmulas.

Posteriormente, prestou depoimento o farmacêutico Raphael Castro Fernandes, que a manipulação dos medicamentos aplicados nas pacientes e o também farmacêutico Marcelo Konorat, que trabalhou por 12 anos na empresa de quimioterapia que prestava serviço à Santa Casa.

Outra morte

A polícia também investiga a morte de Adolfo Coelho de Souza, de 82 anos, que passava por tratamento na Santa Casa. Possivelmente, a morte dele foi causada por uma superdosagem de medicamentos. A polícia já apurou que foi aplicada no idoso, em duas horas, a medicação para cinco dias de tratamento.

Neste caso prestaram depoimento, a cuidadora que ficava com o idoso no hospital, a médica dele e o diretor-técnico da Santa Casa de Campo Grande, Luiz Alberto Kanamura. No dia do depoimento, o diretor-técnico informou que o hospital abriu uma sindicância para apurar o caso.

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