Polícia de Hong Kong retira manifestantes de sede do governo
A tropa de choque de Hong Kong utilizou spray de pimenta para dispersar manifestantes próximos à sede do governo neste sábado, alimentando a tensão antes do protesto planejado por ativistas pró-democracia em oposição ao aperto de Pequim à cidade. Confrontos durante a noite entre a polícia carregando escudos de choque e dezenas de manifestantes ressaltam […]
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A tropa de choque de Hong Kong utilizou spray de pimenta para dispersar manifestantes próximos à sede do governo neste sábado, alimentando a tensão antes do protesto planejado por ativistas pró-democracia em oposição ao aperto de Pequim à cidade.
Confrontos durante a noite entre a polícia carregando escudos de choque e dezenas de manifestantes ressaltam os desafios que a China enfrenta em Hong Kong à medida que a geração rebelde de jovens desafia sua influência na antiga colônia britânica.
Diversas pessoas sofreram pequenas lesões.
Os manifestantes entraram no principal complexo do governo na cidade na noite de sexta-feira ao forçar o caminho por um cordão policial e escalando grades no ponto culminante de uma semana de protestos pedindo eleições livres.
Eles foram retirados um por um, alguns sendo carregados, de acordo com testemunhas. No sábado, centenas ainda estavam sentados perto do complexo, próximo ao distrito financeiro de Hong Kong.
“A polícia usou força desproporcional para interromper as ações legítimas de estudantes e deve ser condenada”, disse Benny Tai, um dos três principais organizadores do movimento pró-democracia Ocupe o Centro”
A polícia prendeu 61 pessoas na operação, incluindo 48 homens e 13 mulheres.
Milhares de manifestantes se concentraram nas ruas em frente à sede na madrugada de sábado em apoio àqueles que entraram, gritando “retirada, retirada, retirada” à medida que a polícia avançava e tentava detê-los.
Muitos usavam guarda-chuvas para se proteger do spray de pimenta. Aqueles que foram atingidos usavam àgua para limpar os olhos.
Hong Kong voltou ao controle chinês pelas mãos dos britânicos em 1997, sob a fórmula conhecida como “um país, dois sistemas”, com um alto grau de autonomia e liberdades não gozadas na China. O sufrágio eleitoral foi definido como eventual meta.
Pequim, porém, rejeitou no mês passado demandas de que as pessoas possam livremente escolher o próximo líder da cidade em 2017, levando a ameaças de ativistas de fechar o distrito financeiro no movimento chamado Ocupe o Centro. A China quer limitar as eleições a um pequeno número de candidados leais à Pequim.
Estudantes ativistas pediram que as pessoas se reúnam no sábado a noite para novas manifestações.
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