Mulheres de presos fazem protesto na frente do TJ-MS com denúncias de maus tratos

Com faixas e a presença de vinte mulheres , companheiras de detentos realizaram uma manifestação na entrada do prédio do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Elas reivindicam a atenção da Mídia quanto aos problemas enfrentados por seus companheiros no Sistema Penitenciário. Entre as queixas o grupo denúncia falta de tratamento médico, de […]

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Com faixas e a presença de vinte mulheres , companheiras de detentos realizaram uma manifestação na entrada do prédio do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Elas reivindicam a atenção da Mídia quanto aos problemas enfrentados por seus companheiros no Sistema Penitenciário. Entre as queixas o grupo denúncia falta de tratamento médico, de medicamentos e alimentação precária.

“ Os produtos de limpezasão levados pelas famílias. Não sei como eles ainda declaram um gasto alto por presos, já que lá dentro falta tudo. Gente com o braço quebrado que precisa improvisar talas, outros que precisam de remédio e não tem acesso a tratamento. A comida é de péssima qualidade, arroz horrível, feijão que já encontraram baratas”, denuncia a líder do movimento Mariah de Lima, de 29 anos, cujo marido cumpre pena por furto.

Daniele Pereira, por exemplo, reclama do Sistema Judiciário que segundo ela mantém o marido na cadeia por reprová-lo frequentemente no exame criminológico. A companheira alega que, condenado a seqüestro em 2001, ele já teria o direito de ser liberado para o regime aberto. Outras esposas presentes no protesto denunciam a falta de assessoria jurídica aos presos, por falta de defensores.

Dentro das unidades dos Sistema Penitenciário o grupo alega que nas operações de pente fino os policiais utilizam spray de pimenta no rosto dos detentos. Daniele de Araújo, que segurava uma das faixas, conta que vários alimentos são jogados fora nos dias de visita. Ela diz que os policiais costumam impedir injustamente a entrada dos familiares, chegando a fazer com que senhoras de idade só possam ver seus filhos sem o óculos de grau. Para não sofrer retaliações nenhuma das mulheres quis identificar o nome dos presos que representavam.

Sobre a manifestação a Agência Estadual de Administração do Sistema Carcerário (Agepen) informa por meio de sua Assessoria que não teve encaminhamento no órgão nenhuma reclamação formal de maus tratos, ou condições irregulares de fornecimento de comida e tratamento médico aos presos. 

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