Policiais da fronteira fazem amanhã mobilização por melhores condições de trabalho
Policiais rodoviários federais, policiais federais e servidores da Receita Federal fazem amanhã (27), das 8h às 12h, uma mobilização nacional por melhores condições de trabalho e, principalmente, a implantação efetiva da Lei nº 12.855/2013, que institui a indenização de fronteira aos servidores desses órgãos como forma de incentivo para que permaneçam trabalhando nessas áreas. E…
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Policiais rodoviários federais, policiais federais e servidores da Receita Federal fazem amanhã (27), das 8h às 12h, uma mobilização nacional por melhores condições de trabalho e, principalmente, a implantação efetiva da Lei nº 12.855/2013, que institui a indenização de fronteira aos servidores desses órgãos como forma de incentivo para que permaneçam trabalhando nessas áreas.
Em Dourados, a concentração vai acontecer no posto da PRF (Polícia Rodoviária Federal), onde pelo menos 400 servidores devem participar do ato de panfletagem e adesivagem de carros que passarem pela rodovia. A ação acontece simultaneamente em Campo Grande. A reivindicação dos policiais, principalmente, é antiga, em uma ‘briga’ por investimentos em recursos humanos, equipamentos e qualificação dos profissionais.
Marcos Khadur, vice-presidente do SinPRF/MS (Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais de Mato Grosso do Sul), resume o ato de reivindicação da categoria como uma necessidade urgente de incentivo ao trabalho dos servidores que prestam serviço nas áreas fronteiriças do Estado, que possui nove postos nessas regiões críticas.
“Se não tiver investimento, é impossível vencer a guerra. A partir do momento que você tiver um efetivo continuamente capacitado, o apoio de tecnologia, e o incentivo à permanência dos servidores na fronteira, como estabelece a Lei, a segurança pública nessas regiões que é determinante no sistema de todo o país avança”, disse Khadur.
Segundo ele, que também é coordenador de relações de trabalho da FenaPRF (Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais), Mato Grosso do Sul tem em média dois policiais trabalhando nos postos de fronteira, quando o ideal seria seis no revezamento de seis por escala na execução das rondas preventivas e fiscalização de combate ao crime.
Khadur destacou que o número de servidores concursados e em atividade na PRF no país é de quase 9.200. A lista de vagas aprovadas é de 13.098. Isso gera um déficit de quase quatro mil vagas, que estão em aberto, e que, ainda que fossem preenchidas, não supririam a necessidade, conforme o sinPRF.
“Mesmo que essas 13 mil vagas fossem preenchidas, não conseguiríamos fechar dentro dos 675 postos de trabalho do país um efetivo ideal. A realidade do nosso Estado, por exemplo, é que os crimes que são combatidos na fronteira acontecem nos demais postos, o que estabelece um perfil diferente que requer incentivos específicos. Hoje é quase impossível que os servidores que trabalham na fronteira residam lá porque o Estado não os protege. Com a designação dos municípios cujos servidores seriam beneficiados com a Lei 12.855/2013 poderia haver esse incentivo, o que seria um ganho para o servidor e para o sistema”, finalizou Khadur.
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